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Dólar sobe 0,8%, mas fecha abaixo de R$1,80

É o maior fechamento do dólar desde 1o de julho de 2010

Impressão de dólares em Washington (Mark Wilson/Getty Images/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 17h56.

São Paulo - O dólar fechou em alta de quase 1 por cento nesta terça-feira, beirando 1,80 real com a atenção ainda voltada ao mercado internacional. A moeda norte-americana subiu 0,8 por cento, a 1,7908 real para venda. É o maior fechamento do dólar desde 1o de julho de 2010. Durante o dia, o dólar chegou a ser cotado brevemente a 1,8020 real para venda.

A puxada do dólar foi, em parte, reflexo de um repique da moeda norte-americana no fim da tarde de segunda-feira, quando o mercado à vista já estava fechado mas o futuro ainda realizava seus ajustes finais, terminando a sessão acima de 1,80 real. Nesta terça, o contrato futuro de maior volume caía cerca de 0,7 por cento.

A principal preocupação dos investidores é com a crise da dívida na Europa, onde se teme um calote da Grécia. No fim da tarde, o mercado mostrou ainda cautela com a reunião de política monetária dos Estados Unidos, que termina na quarta-feira e na qual o Federal Reserve (banco central norte-americano) pode anunciar novas medidas de estímulo ao crescimento.

Fatores locais também têm contribuído para a valorização do dólar, como a perspectiva de juros menores nos próximos meses e o desconforto de alguns investidores com medidas recentes do governo, como a cobrança de um imposto sobre derivativos.


Mas alguns profissionais de mercado citam que os fundamentos do câmbio brasileiro, com fluxo ainda positivo de dólares, torna possível uma queda do dólar em breve. "No curtíssimo prazo, acreditamos que a recente desvalorização do real tenha sido grande demais", escreveu a estrategista de câmbio do HSBC, Marjorie Hernandez. "Vemos o dólar terminando o ano a 1,65 real."

Na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, não há "fundamentos críveis" para que a alta expressiva do dólar, que pode ter novos surtos de valorização antes de voltar a níveis entre 1,60 e 1,65 real. O fluxo de capitais ainda positivo e o nível relativamente baixo da taxa de câmbio em relação a 2008/2009 ainda pesam contra uma intervenção do Banco Central (BC) a favor da queda do dólar, avaliam agentes de mercado.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7870 real para venda, em alta de 0,60 por cento ante segunda-feira.

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São Paulo - O dólar fechou em alta de quase 1 por cento nesta terça-feira, beirando 1,80 real com a atenção ainda voltada ao mercado internacional. A moeda norte-americana subiu 0,8 por cento, a 1,7908 real para venda. É o maior fechamento do dólar desde 1o de julho de 2010. Durante o dia, o dólar chegou a ser cotado brevemente a 1,8020 real para venda.

A puxada do dólar foi, em parte, reflexo de um repique da moeda norte-americana no fim da tarde de segunda-feira, quando o mercado à vista já estava fechado mas o futuro ainda realizava seus ajustes finais, terminando a sessão acima de 1,80 real. Nesta terça, o contrato futuro de maior volume caía cerca de 0,7 por cento.

A principal preocupação dos investidores é com a crise da dívida na Europa, onde se teme um calote da Grécia. No fim da tarde, o mercado mostrou ainda cautela com a reunião de política monetária dos Estados Unidos, que termina na quarta-feira e na qual o Federal Reserve (banco central norte-americano) pode anunciar novas medidas de estímulo ao crescimento.

Fatores locais também têm contribuído para a valorização do dólar, como a perspectiva de juros menores nos próximos meses e o desconforto de alguns investidores com medidas recentes do governo, como a cobrança de um imposto sobre derivativos.


Mas alguns profissionais de mercado citam que os fundamentos do câmbio brasileiro, com fluxo ainda positivo de dólares, torna possível uma queda do dólar em breve. "No curtíssimo prazo, acreditamos que a recente desvalorização do real tenha sido grande demais", escreveu a estrategista de câmbio do HSBC, Marjorie Hernandez. "Vemos o dólar terminando o ano a 1,65 real."

Na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, não há "fundamentos críveis" para que a alta expressiva do dólar, que pode ter novos surtos de valorização antes de voltar a níveis entre 1,60 e 1,65 real. O fluxo de capitais ainda positivo e o nível relativamente baixo da taxa de câmbio em relação a 2008/2009 ainda pesam contra uma intervenção do Banco Central (BC) a favor da queda do dólar, avaliam agentes de mercado.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,7870 real para venda, em alta de 0,60 por cento ante segunda-feira.

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