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Dólar sobe 0,11% e fecha valendo R$ 1,8850

A moeda americana à vista encerrou com ligeiras altas, bem perto da estabilidade

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 17h32.

São Paulo - Com a proximidade da virada de mês, os agentes financeiros iniciaram a rolagem de contratos futuros, o que trouxe volatilidade à formação de preço do dólar nesta quinta-feira. Além disso, a previsão do vencimento do contrato de dólar maio, na terça-feira que vem (feriado pelo Dia do Trabalho), sustentou uma diminuição do diferencial entre a taxa do dólar à vista no balcão e a do dólar maio 2012 na BM&F, que será liquidado no próximo dia 2 com base na Ptax de segunda-feira, dia 30 de abril.

E ainda a sinalização da ata da última reunião do Copom de que o ciclo de cortes da taxa Selic poderá ter continuidade pode ter sustentado o fluxo cambial negativo, que provocou a "abertura da taxa do cupom cambial de curto prazo e teria justificado a ausência do Banco Central no mercado de câmbio nesta quinta-feira.

Nesse contexto, os fatores técnicos locais prevaleceram sobre a formação de preço da moeda norte-americana em relação ao comportamento ao redor da estabilidade do dólar ante várias moedas no mercado internacional. O dólar à vista encerrou com ligeiras altas, bem perto da estabilidade.

No balcão, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,11%, a R$ 1,8850, após oscilar 0,60%, da mínima de R$ 1,880 (-0,16%) à máxima de R$ 1,8910 (+0,42%). O desempenho elevou a valorização apurada pela moeda ante o real para 3,17% no mês e para 0,86% no ano. Na BM&F, o dólar pronto terminou com ligeiro ganho, de 0,02%, mas na mínima do dia, de R$ 1,8849.

Com as saídas de recursos maiores do que os ingressos no mercado à vista, a taxa do cupom cambial (juros em dólar) maio 2012 subiu. Após abrir em +0,35%, a taxa desse cupom curtíssimo oscilou em patamares mais altos durante o dia e encerrou em +1,62%, informou a tesouraria de um banco nacional.

Os movimentos do câmbio nesta quinta-feira são consequência dos posicionamentos opostos, em especial no mercado de cupom cambial-DDI, de bancos liquidamente "vendidos" em US$ 9,2 bilhões, e fundos nacionais liquidamente "comprados" em US$ 8,1 bilhões, que podem motivar disputas em torno da formação da Ptax de segunda-feira, afirma relatório da NGO Corretora Câmbio.

No mercado de dólar futuro o mesmo posicionamento antagônico persiste, com os bancos liquidamente "vendidos" em US$ 3,8 bilhões, enquanto os fundos nacionais estão liquidamente "comprados" em idêntico montante. Convém considerar, contudo, que os bancos têm posição "comprada" no mercado à vista em torno de US$ 3,8 bilhões, que tem correlação direta com a posição "vendida" em dólar futuro.

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