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Dólar segue exterior, tem nova alta e volta a R$3,15

A valorização, no entanto, foi contida pelo ingresso de recursos provenientes da regularização de ativos brasileiros alocados no exterior

Dólar: o dólar avançou 0,42%, a 3,1555 reais na venda, acumulando em duas sessões valorização de 1,58% (Ingram Publishing/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 17h15.

Última atualização em 27 de outubro de 2016 às 20h20.

São Paulo - O dólar fechou a quinta-feira em alta e voltou ao patamar de 3,15 reais, sintonizado com a valorização da moeda norte-americana sobre outras divisas emergentes e com algum fluxo de compra aproveitando os níveis recentes de preços baixos.

A valorização, no entanto, foi contida pelo ingresso de recursos provenientes da regularização de ativos brasileiros alocados no exterior.

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O dólar avançou 0,42 por cento, a 3,1555 reais na venda, acumulando em duas sessões valorização de 1,58 por cento.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,1282 reais e, na máxima, 3,1629 reais. O dólar futuro subia cerca de 0,50 por cento no final desta tarde.

"Houve fluxo de repatriação, mas vimos também investidores antecipando operações de remessas (para o exterior)", comentou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz, acrescentando que a cotação baixa do dólar atraiu essas operações.

O dólar chegou a fechar na casa de 3,10 reais na terça-feira passada.

O prazo para regularização de recursos de brasileiros no exterior termina no próximo dia 31. A Receita Federal informou que a arrecadação com multa e imposto no âmbito do programa chegou a 40,1 bilhões de reais até o início da manhã desta quinta-feira.

Na véspera, o BC decidiu ampliar o horário de encerramento do registro de operações de câmbio das 19:00 para as 23:00 entre os dias 26 e 31 de outubro, para facilitar a contratação e liquidação das operações de câmbio.

No exterior, o dólar subia frente a divisas como o peso mexicano e à lira turca, o que acabou puxando a moeda norte-americana frente ao real.

O movimento foi influenciado pela alta dos rendimentos dos Treasuries norte-americanos, devido ao avanço dos títulos alemães e britânicos e também pelos dados de auxílio-desemprego dos Estados Unidos, que cederam.

Esse foi mais um indicador a contribuir para o reforço das apostas de aumento de juros no país no encontro de dezembro do Federal Reserve, o banco central do país.

Segundo dados do FedWatch, as apostas mostravam chances de quase 80 por cento de o Fed elevar os juros no último mês do ano, o que aumentaria as chances de recursos alocados em outros mercados, como o brasileiro, migrarem para os Estados Unidos.

Mais cedo, além da expectativa pelo fluxo positivo, pressionou o dólar para baixo a notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) vetou na noite passada a desaposentação.

Caso contrário, elevaria os gastos anuais do governo em 7,7 bilhões de reais com a Previdência.

O Banco Central fez leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra de dólares no futuro, com apenas dois vencimentos nesta manhã e vendeu o lote integral de 5 mil contratos.

A autoridade monetária deixou de ofertar swaps para 1º de novembro, após informar que não anularia os swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para esta data por conta da expectativa de forte entrada de recursos nestes dias com a regularização de ativos.

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