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Dólar recua em dia intenso no exterior e com BC atuando no câmbio

Às 12:00, o dólar recuava 0,33 por cento, a 3,7103 reais na venda, após fechar na véspera com queda de 1,14 por cento, a 3,7225 reais

Câmbio: dólar caía levemente ante o real no pregão desta quarta-feira (Gary Cameron/Reuters)

Câmbio: dólar caía levemente ante o real no pregão desta quarta-feira (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 09h25.

Última atualização em 30 de janeiro de 2019 às 12h25.

São Paulo - O dólar caía levemente ante o real no pregão desta quarta-feira, com investidores atentos a dia intenso no exterior, com decisão do Federal Reserve e negociações comerciais entre Estados Unidos e China, e também sob influência da atuação do Banco Central no câmbio com o anúncio de leilão de linha para esta sessão e a próxima.

Às 12:00, o dólar recuava 0,33 por cento, a 3,7103 reais na venda, após fechar na véspera com queda de 1,14 por cento, a 3,7225 reais.

O dólar futuro operava com queda de cerca de 0,4 por cento.

O Federal Reserve anunciará às 17h a decisão da primeira reunião de política monetária do ano. Investidores estão na expectativa de que o banco central norte-americano vai manter juros na faixa de 2,25 a 2,50 por cento.

Mas o foco de fato gira em torno de os membros do Fed reforçarem sua recente postura "dovish", dados os sinais de desaceleração da economia dos EUA.

Ainda nesta quarta-feira, autoridades dos EUA recebem o vice-premiê chinês, Liu He, para iniciar uma nova rodada de negociações comerciais.

"Estamos à mercê do lado externo. Não temos tido, teoricamente, problemas aqui. A gente vai começar a ter problemas e começar o burburinho depois que o pessoal voltar com o Congresso", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Investidores aguardam a retomada dos trabalhos do Congresso na sexta-feira, com a eleição dos presidentes das duas Casas, o que poderá, por fim, dar início à tão aguardada agenda econômica do novo governo.

Segue no radar de investidores os desdobramentos da Vale ao redor do rompimento da barragem em Brumadinho.

Na terça-feira, com o mercado já fechado, a Vale anunciou que aprovou investimento de 5 bilhões de reais para acabar com as barragens a montante, mesmo sistema usado na estrutura que se rompeu em Minas Gerais.

A atuação do Banco Central também é monitorada pelo mercado. Nesta sessão, a autoridade monetária fará leilão de linha --venda com compromisso de recompra-- com oferta de 3,20 bilhões de dólares.

Também anunciou que fará na quinta-feira outro leilão de linha, com oferta de até 3 bilhões de dólares. O objetivo dos dois leilões é a rolagem do total de 6,2 bilhões que vencem em 4 de fevereiro.

"Talvez o BC tenha tomado essa decisão por achar que o mercado necessita desse apoio... Ele está, teoricamente, cobrindo alguma falta de liquidez", disse Galhardo.

"Acredito que ele está sendo cauteloso, não está sendo intervencionista ou tentando derrubar o câmbio. Acho que essa não foi a intenção dele", completou.

O Banco Central vendeu nesta sessão os 13,35 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que faltavam para concluir a rolagem de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Em março, segundo dados do site da autoridade monetária, vencem 9,811 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional.

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