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Dólar passa a cair com fluxo e alívio na cena política com TSE

O TSE decidiu ouvir mais 4 pessoas no julgamento da chapa Dilma-Temer e ainda conceder novo prazo de 5 dias para apresentação das alegações finais

Dólar: "O mercado trabalhava com a expectativa de que (o julgamento) seria adiado, mas o pior poderia acontecer" (Foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2017 às 15h42.

São Paulo - O dólar abandonou a alta e tinha leve queda ante o real nesta terça-feira, com fluxo pontual de venda e com os investidores mais aliviados com a cena política após o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014.

Às 15:05, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,1102 reais na venda, depois de bater 3,1378 reais na máxima da sessão. O dólar futuro tinha leve baixa de 0,10 por cento.

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"O mercado trabalhava com a expectativa de que (o julgamento) seria adiado, mas o pior poderia acontecer", afirmou o diretor de operações da Mirae Corretora, Pablo Spyer. "Sem essa pressão, o fluxo pontual acabou puxando a moeda (norte-americana) para baixo", acrescentou.

A maioria dos ministros do TSE decidiu ouvir mais quatro pessoas no julgamento da chapa Dilma-Temer e ainda conceder, após os depoimentos que ainda não têm data, novo prazo de cinco dias para que as partes apresentem as alegações finais, resultado em sintonia com as pretensões do Palácio do Planalto de adiar, ao máximo possível, o desfecho do caso.

O temor do mercado é de que o governo do presidente Michel Temer fique ainda mais refém de negociações políticas para aprovar no Congresso Nacional importantes reformas, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

"O mercado fica cauteloso, mas... espera que Temer continue e avance com as reformas", comentou mais cedo o analista de câmbio da corretora Fair, José Roberto Carrera.

A perspectiva desde cedo era de que a trajetória da moeda norte-americana ante o real pudesse ser aliviada, uma vez que havia a expectativa de ingresso de recursos no país no futuro próximo por conta, entre outros, da segunda rodada da regularização de ativos mantidos no exterior.

O Banco Central não anunciou intervenção no mercado de câmbio, por enquanto. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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