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Dólar fecha na mínima em mais de 7 semanas puxado por exterior

No mercado à vista, o dólar caiu 0,30%, a 4,0498 reais na venda; é o menor patamar para um encerramento desde 5 de novembro

Dólar: moeda americana acumula queda de 4,50% em dezembro (Tomasz Zajda/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 18h03.

São Paulo - O dólar fechou no menor patamar em mais de sete semanas frente ao real nesta sexta-feira, num dia de fraqueza para a moeda em todo o mundo, diante do apetite por risco ainda na esteira de dados econômicos melhores e do acordo comercial entre Estados Unidos e China.

No mercado à vista, o dólar caiu 0,30% nesta sessão, a 4,0498 reais na venda.

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É o menor patamar para um encerramento desde 5 de novembro (3,9932 reais na venda). Na mínima intradiária, a cotação bateu 4,0358 reais na venda.

Na semana, a moeda perdeu 1,10%, a quarta semana seguida de queda, mais longa sequência do tipo desde janeiro passado.

No mercado futuro de câmbio da B3, em que os negócios vão até as 18h15, o contrato mais negociado apontava 4,0475 reais, queda de 0,23% na sessão.

O primeiro vencimento de dólar futuro negociou até o momento pouco mais de 212 mil contratos, abaixo da média dos últimos 50 dias, de 378 mil ativos, sinal de que investidores já desaceleram o ritmo de negócios depois do Natal e próximo do novo ano.

No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas perdia 0,57%.

No Brasil, o dólar acumula queda de 4,50% em dezembro, apagando boa parte da alta de 5,77% de novembro, quando bateu recordes históricos perto de 4,30 reais. No ano, contudo, a divisa ainda sobe 4,52%.

Analistas acreditam que a aceleração do crescimento da economia brasileira em 2020 pode ajudar a baixar a moeda, uma vez que poderia atrair ingresso de capital ao país, aumentando a oferta da divisa.

Para além de questões locais, há chances de um dólar mais fraco globalmente no ano que vem, o que reforçaria o viés de baixa por aqui.

"Dois fatores podem enfraquecer a moeda norte-americana: uma política mais expansionista do Fed e uma necessidade menor de ativos 'seguros'", disseram analistas da CrossBorder Capital em nota recente. "Os dois estão conectados, porque a tomada preventiva de dólares tende a diminuir quando sua oferta novamente se torna abundante", acrescentaram.

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