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Dólar fecha em baixa de mais de 1% acompanhando otimismo no exterior

Moeda encerrou o pregão desta terça-feira (12) a R$ 3,7137 após acordo no Congresso americano e expectativas de negociações entre EUA e China

Dólar: Moeda recuou 1,31% com bom cenário internacional (TheDigitalWay/Pixabay/Reprodução)

Dólar: Moeda recuou 1,31% com bom cenário internacional (TheDigitalWay/Pixabay/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 17h12.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 17h31.

O dólar encerrou em queda de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, com investidores acompanhando otimismo no exterior, após acordo de parlamentares dos EUA que pode evitar uma nova paralisação e expectativas sobre as negociações entre EUA e China.

O dólar recuou 1,31 por cento, a 3,7137 reais na venda. A moeda tocou 3,7032 reais na mínima e alcançou 3,7482 reais na máxima da sessão.

O dólar futuro operava em queda de 1,2 por cento.

Segundo o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, notícias sobre um acordo para tentar evitar nova paralisação do governo nos EUA e o andamento das negociações entre Washington e Pequim favoreceram ativos de risco.

Nesse cenário, a divisa norte-americana, considerada um porto seguro, acabou sendo preterida.

Parlamentares nos EUA selaram o acordo na noite de segunda-feira. O presidente Donald Trump disse que ainda não havia decidido sobre o pacto, mas acrescentou que outra paralisação parcial parece improvável.

A guerra comercial entre EUA e China também esteve no foco de atenções, com o representante de Comércio e o secretário do Tesouro dos EUA desembarcando em Pequim para negociações comerciais com o objetivo de fechar um acordo antes de 1º de março, data em que está previsto um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses.

Trump disse que poderá prorrogar o prazo se os dois países estiverem perto de um acordo completo, acrescentando que espera se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, para selar o pacto em algum momento.

"O externo é o que mais está influenciando o nosso mercado, para o bem e para o mal. Há aquele impasse EUA e China, me parece que estão esculpindo a possibilidade de um grande acerto", avaliou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Internamente, a agenda econômica continuou no radar, com o mercado especulando sobre possíveis avanços relativos à reforma da Previdência, apostando que o presidente Jair Bolsonaro deixe o hospital nos próximos dias.

O porta-voz da Presidência indicou que Bolsonaro poderá ter alta já na quarta-feira, mas que está dependendo de uma avaliação médica.

"O mercado viu que Bolsonaro está saudável e voltando às atividades... Tem coisas que o pessoal não está tocando porque precisa dele, travou o governo. Há um projeto, mas quem vai dar início a esse projeto é o presidente. Esse é o ponto nefrálgico de todo o governo", afirmou Galhardo.

Além da definição de Bolsonaro sobre o texto, o mercado também monitora a articulação política do governo para assegurar os votos necessários no Congresso.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 4,132 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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