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Dólar fecha a R$ 1,8450, maior valor desde junho de 2010

Valor da moeda americana subiu depois do anúncio do Fed que manterá compra de títulos

O dólar fechou cotado a R$ 1,8450 (Hugh Pinney/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2011 às 18h26.

São Paulo - O dólar doméstico, que já vinha de um forte movimento de alta desde cedo, acelerou a valorização à tarde, acompanhando o ritmo da moeda no mercado internacional, logo após o anúncio da Operação Twist pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O dólar no balcão bateu a máxima de R$ 1,8540, alta de 3,34%, mas logo depois desacelerou e fechou a R$ 1,8450 (+2,84%). Esse é o maior valor desde 9 de junho de 2010, quando foi cotado a R$ 1,8470.

O Fed anunciou hoje que irá comprar US$ 400 bilhões em Treasuries de longo prazo até junho de 2012, em uma tentativa de impulsionar a frágil economia norte-americana. Para o diretor da Four Trade Corretora, Luiz Carlos Baldan, tudo o que foi dito pelo Fed já era esperado e o movimento verificado no dólar é mais de proteção. "A moeda está sofrendo pressão com operações da BM&F, tem muita gente fazendo hedge e a procura por proteção na BM&F pressiona o pronto", disse. "Todo mundo estava esperando novidade do Fed, mas como não saiu nada de prático o mercado manteve o movimento de proteção", disse.

Na mínima, a divisa no balcão atingiu R$ 1,8070. Na BM&F, o dólar pronto encerrou na máxima, a R$ 1,8505, com alta de 0,30%. Na mínima, atingiu R$ 1,8281. O Banco Central anunciou, hoje à tarde, que não fará leilão de swap cambial reverso para a rolagem do vencimento do próximo dia 1º de outubro. Segundo uma fonte ouvida pelo jornalista Fernando Nakagawa, a forte mudança de posição dos investidores observada no mercado futuro de dólar pesou na decisão do BC. Uma outra fonte, agora da equipe econômica do governo, disse que a renovação dos contratos que venceriam em outubro ampliaria a pressão nos negócios, o que, indiretamente, poderia acelerar ainda mais o aumento das cotações da moeda norte-americana.

No meio da tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo não deve retirar as medidas adotadas nos últimos anos para compensar a valorização do real. "O câmbio está devolvendo o que se valorizou", afirmou, logo ao desembarcar em Washington, onde participará da reunião de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

No mercado internacional, o BC norte-americano informou ainda que manterá a taxa dos Fed Funds entre 0% e 0,25%, reiterando o compromisso, anunciado em agosto, que irá manter os juros excepcionalmente baixos até meados de 2013. O Fed disse ainda que "o crescimento econômico continua lento" e que a inflação ficará no/ou abaixo do nível consistente com seu duplo mandato.

O porta-voz do comissário de política tributária da União europeia, David Boublil, disse que a Comissão Europeia apresentará em breve uma proposta para taxar transações financeiras que abrangerá uma ampla variedade de ativos, inclusive ações, bônus, derivativos e produtos estruturados.

São Paulo - O dólar doméstico, que já vinha de um forte movimento de alta desde cedo, acelerou a valorização à tarde, acompanhando o ritmo da moeda no mercado internacional, logo após o anúncio da Operação Twist pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O dólar no balcão bateu a máxima de R$ 1,8540, alta de 3,34%, mas logo depois desacelerou e fechou a R$ 1,8450 (+2,84%). Esse é o maior valor desde 9 de junho de 2010, quando foi cotado a R$ 1,8470.

O Fed anunciou hoje que irá comprar US$ 400 bilhões em Treasuries de longo prazo até junho de 2012, em uma tentativa de impulsionar a frágil economia norte-americana. Para o diretor da Four Trade Corretora, Luiz Carlos Baldan, tudo o que foi dito pelo Fed já era esperado e o movimento verificado no dólar é mais de proteção. "A moeda está sofrendo pressão com operações da BM&F, tem muita gente fazendo hedge e a procura por proteção na BM&F pressiona o pronto", disse. "Todo mundo estava esperando novidade do Fed, mas como não saiu nada de prático o mercado manteve o movimento de proteção", disse.

Na mínima, a divisa no balcão atingiu R$ 1,8070. Na BM&F, o dólar pronto encerrou na máxima, a R$ 1,8505, com alta de 0,30%. Na mínima, atingiu R$ 1,8281. O Banco Central anunciou, hoje à tarde, que não fará leilão de swap cambial reverso para a rolagem do vencimento do próximo dia 1º de outubro. Segundo uma fonte ouvida pelo jornalista Fernando Nakagawa, a forte mudança de posição dos investidores observada no mercado futuro de dólar pesou na decisão do BC. Uma outra fonte, agora da equipe econômica do governo, disse que a renovação dos contratos que venceriam em outubro ampliaria a pressão nos negócios, o que, indiretamente, poderia acelerar ainda mais o aumento das cotações da moeda norte-americana.

No meio da tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo não deve retirar as medidas adotadas nos últimos anos para compensar a valorização do real. "O câmbio está devolvendo o que se valorizou", afirmou, logo ao desembarcar em Washington, onde participará da reunião de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

No mercado internacional, o BC norte-americano informou ainda que manterá a taxa dos Fed Funds entre 0% e 0,25%, reiterando o compromisso, anunciado em agosto, que irá manter os juros excepcionalmente baixos até meados de 2013. O Fed disse ainda que "o crescimento econômico continua lento" e que a inflação ficará no/ou abaixo do nível consistente com seu duplo mandato.

O porta-voz do comissário de política tributária da União europeia, David Boublil, disse que a Comissão Europeia apresentará em breve uma proposta para taxar transações financeiras que abrangerá uma ampla variedade de ativos, inclusive ações, bônus, derivativos e produtos estruturados.

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