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Dólar comercial abre em queda de 0,50%, a R$ 1,601

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa de 0,50%, cotado a R$ 1,601, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h06, a moeda seguia estável, a R$ 1,609, depois de ter fechado ontem com desvalorização de 0,19%, a R$ 1,609. A expectativa de analistas é de que, depois da forte volatilidade, hoje o dólar […]

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 10h20.

São Paulo - O dólar comercial abriu em baixa de 0,50%, cotado a R$ 1,601, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h06, a moeda seguia estável, a R$ 1,609, depois de ter fechado ontem com desvalorização de 0,19%, a R$ 1,609.

A expectativa de analistas é de que, depois da forte volatilidade, hoje o dólar deve ter um dia menos atribulado. No entanto, operadores não enxergam um movimento único ao longo desta quarta-feira, uma vez que ainda há sinais divergentes no mercado. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em manter os juros baixos no país por mais dois anos e o avanço das commodities, que podem sustentar os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), deveriam provocar venda da moeda norte-americana.

"O movimento de queda perto do fechamento de ontem foi muito forte. Isso deve favorecer algum ajuste de alta da moeda dos EUA ante o real na abertura, mas ao longo do dia, o mercado vai operar conforme o noticiário", avaliou um operador de uma corretora paulista.

No exterior, as intervenções no mercado de câmbio continuam. O banco central da Suíça (SNB) intensificou seus esforços para esfriar a demanda pelo franco suíço. A instituição anunciou que aumentará rapidamente o volume dos depósitos mais prontamente disponíveis para os bancos, dos atuais 80 bilhões de francos suíços (US$ 111 bilhões) para 120 bilhões de francos suíços, e que realizará operações de swap (troca) cambial. Essas medidas vieram depois que o banco central cortou a meta da taxa Libor de três meses, na semana passada, para o mais próximo possível de zero, numa tentativa de conter o avanço da moeda.

No Japão, operadores apostam que as autoridades irão promover nova intervenção cambial em breve. Na semana passada, o banco central do país inundou o mercado de dólares para conter a valorização da moeda, mas as turbulências dos últimos pregões diluiu a ação.

Enquanto isso, as autoridades europeias continuam atuando para conter os temores sobre a crise de dívida da região. O Banco Central Europeu (BCE) comprou bônus italianos e espanhóis pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira, disseram traders. Como resultado, o custo de financiamento da Itália caiu fortemente no leilão de títulos de 12 meses realizado nesta manhã. O Tesouro do país ofereceu 6,5 bilhões de euros em títulos de 12 meses e vendeu o volume total com yield (taxa de retorno ao investidor) médio de 2,959%, abaixo dos 3,670% oferecidos no leilão de 12 de julho.

Por outro lado, o CDS (Credit Default Swap) de cinco anos da França atingiu 163 pontos-base nesta manhã, depois do recorde de 161 pontos ontem. Diante disso, a França prepara novas medidas para garantir que a meta de redução do déficit do país seja atingida, disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em nota divulgada após encontro de gabinete de emergência. O país quer evitar que sua nota de crédito AAA fique ameaçada e seja cortada como ocorreu com a dos Estados Unidos. Além de tudo, a atividade no país não vai bem. A produção industrial francesa caiu 1,6% em junho em relação a maio, superando a queda de 0,6% prevista pelos economistas.

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