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Dólar comercial abre em alta de 0,24%, a R$ 1,703

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,24%, negociado a R$ 1,703 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana subiu 0,18% e foi cotada a R$ 1,699 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista […]

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 09h15.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,24%, negociado a R$ 1,703 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda norte-americana subiu 0,18% e foi cotada a R$ 1,699 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu as negociações em alta de 0,35%, a R$ 1,7026.

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A China parece não estar mais disposta a sustentar o status de motor global para a reativação da economia. Pelo menos não com a mesma força que vinha apresentando. Depois de ter adotado medidas para conter a entrada de investimentos estrangeiros ontem, o gigante asiático emergente voltou à carga e anunciou hoje que, a partir de 16 de novembro, o compulsório dos bancos estará 0,5 ponto porcentual mais alto. Ontem, envolto às discussões preparatórias para o encontro do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), o mercado prestou pouca atenção às medidas de controle de capitais. Eventuais reações da alteração de hoje devem ficar mais claras nas próximas horas.

"A China está dando sinais claros, mais do que nunca, de que está preocupada com a aceleração da sua economia. E isso deve mexer com os mercados hoje", disse um operador. Ele acrescentou que essa movimentação acirra, no Brasil, as perspectivas de novas medidas cambiais. Ontem à tarde, a avaliação de que novidades podem ocorrer no curto prazo já haviam voltado a mover os negócios.

Vale registrar que, ontem, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre, disse durante evento em São Paulo que não se opõe à adoção de controles de capitais por países que desejam evitar problemas cambiais a partir do forte ingresso de recursos externos. Ao mesmo tempo, na Coreia do Sul, o tema também foi destaque nas reuniões preparatórias para o encontro do G-20.

O representante do Brasil no FMI, Paulo Nogueira Batista, disse ao jornal O Estado de São Paulo que o assunto "deixou de ser um anátema". A onda atingiu também a diretora do Banco Mundial Sri Mulyani Indrawati, que disse que os países asiáticos podem ter que adotar restrições de capital para evitar que o aumento de liquidez provocado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) resulte em bolhas nas economias da região.

"As discussões cambiais continuam envolvendo o mercado e provocam tensões. Vamos esperar o encontro dos líderes do G-20 e as suas conclusões para ver como o mercado reage", disse um especialista.

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