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Dólar comercial abre em alta de 0,18%, a R$ 1,667

No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,85% e foi cotada a R$ 1,664 no fechamento

O ministro Guido Mantega não anunciou novidades na área cambial ontem (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 09h48.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,18%, negociado a R$ 1,667 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana avançou 0,85% e foi cotada a R$ 1,664 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu o dia em alta de 0,35%, a R$ 1,6691.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não anunciou novidades na área cambial, durante a entrevista coletiva sobre câmbio ocorrida no período da tarde. Diante do anúncio da entrevista, o mercado criou consenso de que uma nova medida para conter a valorização do real seria colocada em prática. No entanto, quando começou a falar, às 15h30, o ministro não confirmou a expectativa e a moeda norte-americana voltou a ceder. Hoje, com o fantasma de novas medidas afastado, pelo menos por enquanto, o câmbio deve voltar a ser regido pelo comportamento internacional do mercado de moedas.

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Apesar de o exterior pesar mais, o mercado brasileiro de câmbio volta a colocar nos negócios o componente de risco de intervenções governamentais. Afinal, mesmo sem tomar medida prática para conter a queda do dólar, Mantega reavivou essa variável, que ele mesmo introduziu no último trimestre do ano passado, com a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), entre outras medidas. A incerteza sobre intervenções do governo vinha sendo um componente na formação das cotações da moeda norte-americana, mas era deixada de lado pelos operadores desde o fim de 2010, o que se acentuou ainda mais neste começo de ano.

O menosprezo ao fator risco de intervenções governamentais foi alimentado pela percepção de que, no governo de Dilma Rousseff, as prioridades seriam o controle fiscal e da inflação. Essa avaliação cresceu ainda mais durante os discursos de posse da presidente e dos novos ministros. Principalmente do ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel, que apesar de ter declarado que o governo não ficará inerte diante de uma valorização do real que prejudique o setor produtivo indicou que as ações caminhariam no sentido de desonerar os segmentos mais prejudicados.

Ontem, Mantega repetiu essa tese. Ele afirmou que haverá uma ação de rigor fiscal e que isso permitirá alívio na taxa de juros. Sinalizou, em consequência, que isso roubará a atual pressão de alta sobre o real. E acrescentou que serão tomadas medidas na área de exportações.

Porém, o ministro não deixou de reafirmar que continua identificando uma guerra cambial em curso no mundo. E repetiu que há outras medidas possíveis na área cambial. Ele fez questão de frisar que está autorizado pelo G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a atuar no sentido de proteger o equilíbrio da moeda e avisou que pode administrar a entrada de capital especulativo no País.

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