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Dólar comercial abre em alta de 0,34% a R$ 1,766

São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,34% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio. Os primeiros negócios foram fechados com a cotação de R$ 1,766 para a moeda norte-americana. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,20%, a R$ […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,34% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio. Os primeiros negócios foram fechados com a cotação de R$ 1,766 para a moeda norte-americana. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,20%, a R$ 1,765. A semana abre com uma grande dúvida a ser resolvida para que os mercados decidam o rumo a tomar. A acusação de fraude contra o Goldman Sachs vai ganhar corpo ou esgota-se rapidamente? Além disso, o vulcão islandês continua bloqueando os voos na Europa. Completando o quadro que deve alimentar o sentimento de aversão ao risco, hoje, nos mercados internacional e doméstico, há as medidas chinesas de controle ao crédito imobiliário.

A perspectiva é de volatilidade, tensão e alta do dólar no mercado de câmbio, assim como ocorre no exterior, mas as perspectivas internas continuarem pesando a favor do real. Ainda na sexta-feira, o Goldman Sachs negou as acusações de fraude e conseguiu convencer investidores, que puxaram para cima as suas ações, no after hours. Durante o final de semana, no entanto, houve desdobramentos que podem voltar a prejudicar a instituição. Um deles é a possibilidade, levantada pela imprensa alemã, de que o governo do país europeu venha a tomar medidas judiciais contra o Goldman.

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Isso porque bancos alemães estão na listas dos prováveis enganados pelo Goldman, teriam sido prejudicados e foram obrigados a que pedir socorro ao governo alemão com o agravamento da crise em 2008. No Reino Unido, o primeiro-ministro, Gordon Brown, pediu que o órgão regulador britânico faça sua própria investigação sobre o Goldman Sachs.

Outro vulcão continua provocando sérios prejuízos. Importantes aeroportos europeus continuam fechados ou operando parcialmente com o islandês Eyjafjallajökull fazendo as empresas aéreas relembrarem as amargas consequências dos ataques de 11 de setembro. O setor amarga perdas expressivas neste início de semana e arrasta os mercados acionários, com repercussões em outros ativos.

Até as reuniões que iriam definir os detalhes do pacote de auxílio à Grécia foram prejudicadas e o assunto, que era para se resolver no final de semana, continua pendente. A perspectiva é de que as negociações entre a Grécia, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) avancem durante esta semana. O fechamento do espaço aéreo europeu adiou a chegada dos técnicos do fundo a Atenas, que agora está agendada para quarta-feira.

Já a China limitou a quantidade de propriedades que cada investidor pode comprar. Os bancos devem parar de conceder empréstimos para a aquisição da terceira moradia e a bolsa do país perdeu quase 5%. E o presidente chinês, Hu Jintao, em um discurso publicado no site do Ministério de Relações Exteriores do país, disse que a recuperação econômica mundial não está firme e que todos os países deveriam manter suas políticas econômicas contínuas e estáveis. Isso mostra que o governo chinês não deve mudar imediatamente o sistema que fixa o yuan ante o dólar, existente desde a crise financeira global. Hu afirmou que a atual política em relação ao yuan tem ajudado a estabilizar o sistema financeiro mundial.

No Brasil, o mercado mantém expectativas de fluxo positivo. E vai continuar de olho no Banco Central, que fez dois leilões de compra na quinta-feira para amenizar a queda do dólar, que já era negociado a R$ 1,73. Mas a piora do mercado internacional tornou desnecessária a repetição da dose na sexta-feira.

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