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Dólar cai com expectativa de entrada de recursos via repatriação

Nesta sessão, foi a vez do próprio Tesouro anunciar que reabriu a oferta do Global 2026 e informações eram de que a oferta foi de 1 bilhão de dólares

Dólar: a moeda recuou 0,22%, a 3,1201 reais na venda, depois de subir 0,39% na véspera (Foto/Thinkstock)

Dólar: a moeda recuou 0,22%, a 3,1201 reais na venda, depois de subir 0,39% na véspera (Foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 18h20.

São Paulo - O dólar recuou frente ao real nesta terça-feira, num movimento de correção e em meio à expectativa da aprovação da nova rodada de regularização de ativos mantidos no exterior pelo Senado, que pode ampliar a entrada de recursos no país.

O dólar recuou 0,22 por cento, a 3,1201 reais na venda, depois de subir 0,39 por cento na véspera.

Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,1123 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,65 por cento no final da tarde.

"O mercado ainda trabalha com expectativa de ingresso de recursos", afirmou o operador da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

Havia expectativa de que o Senado colocaria em votação ainda nesta sessão a segunda rodada da chamada repatriação. No ano passado, a Receita arrecadou 46,8 bilhões de reais com a primeira etapa do programa, com multas e impostos.

Nos últimos meses, o dólar já vinha perdendo terreno sobre o real, entre outros, com expectativas de ingressos de recursos externos após captações feitas por empresas brasileiras.

Nos últimos três meses, a queda acumulada da moeda norte-americana foi de 8,09 por cento.

Nesta sessão, foi a vez do próprio Tesouro anunciar que reabriu a oferta do Global 2026 e informações eram de que a oferta foi de 1 bilhão de dólares. O resultado final somente será conhecido após o fechamento dos mercados.

O mercado também trabalhou sob a expectativa do que o Banco Central fará com os swaps tradicionais que vencem em abril, equivalente a 9,711 bilhões de dólares, se fará alguma rolagem ou não.

Na véspera, o presidente do Banco Central brasileiro, Ilan Golfajn, sinalizou que a instituição poderia voltar a reduzir os estoques de swaps se enxergar necessidade. Para esta sessão, o BC não anunciou qualquer intervenção.

Se não rolar os próximos vencimentos de swap tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- poderá gerar eventualmente alguma pressão de alta sobre a dólar. No mês passado, o BC rolou apenas uma pequena parte dos contratos que venceram em março.

O comportamento do dólar ante o real também esteve em sintonia com o exterior, ante outras divisas de emergentes.

A moeda, no entanto, exibia leve alta ante uma cesta de moedas com os investidores confiantes de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevará os juros no encontro da próxima semana.

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