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Dólar cai com alívio das tensões na Ucrânia e Tombini

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3410, uma queda de 0,34%

Dólares: moeda perdeu seu apelo de "porto seguro" em meio às notícias sobre a Ucrânia (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 17h21.

São Paulo - O dólar fechou em queda pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, 18, perdendo seu apelo de "porto seguro" em meio às notícias sobre a Ucrânia.

Apesar de a Rússia ter dado continuidade ao procedimento para anexar a Crimeia ao seu território, não há relatos de conflitos armados e as sanções anunciadas até agora pelo Ocidente foram brandas.

Enquanto isso, a fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Senado, reforçou as apostas de uma nova alta nos juros, o que deu suporte para o real.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3410, uma queda de 0,34%, depois de ter oscilado entre a máxima de R$ 2,3590 (+0,43%) e a mínima de R$ 2,3360 (-0,55%).

Por volta das 16h30 o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,03 bilhão. No mercado futuro, o dólar para abril recuava 0,45%, a R$ 2,3485. O volume de negociação era de quase US$ 14,41 bilhões.

A ausência de notícias perturbadoras vindas da Ucrânia alimentou o apetite por risco hoje e fez muitos operadores desmontarem posições compradas em dólar no mercado futuro.

Além disso, o real recebeu suporte da fala de Tombini. O presidente do BC introduziu uma novidade em seu discurso a senadores hoje.

Ao falar da inflação, mencionou pressões localizadas nos alimentos in natura, que tendem a se reverter, e ao mesmo tempo demonstrou disposição em se manter vigilante e agir.

Isso reforçou as apostas de que a autoridade monetária promoverá mais uma elevação de 0,25 ponto porcentual da Selic em abril, podendo estender o ciclo até maio ou julho.

Mesmo assim, prevalece a cautela antes da reunião do Fed amanhã, que será a primeira sob a liderança da nova presidente Janet Yellen. Além da decisão em si - a maioria dos analistas espera um novo corte de US$ 10 bilhões nas compras mensais de bônus -, os investidores aguardam com ansiedade a entrevista coletiva de Yellen, em busca de mais sinais de como será sua administração à frente do maior banco central do mundo.

Segundo Vanderlei Muniz, sócio-gerente da Onnix Corretora, uma das possíveis explicações para a queda do dólar hoje é a entrada de investidores estrangeiros no País para comprar renda variável, já que a Bovespa sobe forte. O comportamento do dólar ante outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities é misto. Por volta das 16h30, o dólar caía 0,44% em relação ao dólar australiano, mas subia 0,77% ante o dólar canadense e tinha pequena variação frente o peso mexicano (+0,09%) e a lira turca (-0,03%).

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São Paulo - O dólar fechou em queda pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, 18, perdendo seu apelo de "porto seguro" em meio às notícias sobre a Ucrânia.

Apesar de a Rússia ter dado continuidade ao procedimento para anexar a Crimeia ao seu território, não há relatos de conflitos armados e as sanções anunciadas até agora pelo Ocidente foram brandas.

Enquanto isso, a fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Senado, reforçou as apostas de uma nova alta nos juros, o que deu suporte para o real.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3410, uma queda de 0,34%, depois de ter oscilado entre a máxima de R$ 2,3590 (+0,43%) e a mínima de R$ 2,3360 (-0,55%).

Por volta das 16h30 o giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,03 bilhão. No mercado futuro, o dólar para abril recuava 0,45%, a R$ 2,3485. O volume de negociação era de quase US$ 14,41 bilhões.

A ausência de notícias perturbadoras vindas da Ucrânia alimentou o apetite por risco hoje e fez muitos operadores desmontarem posições compradas em dólar no mercado futuro.

Além disso, o real recebeu suporte da fala de Tombini. O presidente do BC introduziu uma novidade em seu discurso a senadores hoje.

Ao falar da inflação, mencionou pressões localizadas nos alimentos in natura, que tendem a se reverter, e ao mesmo tempo demonstrou disposição em se manter vigilante e agir.

Isso reforçou as apostas de que a autoridade monetária promoverá mais uma elevação de 0,25 ponto porcentual da Selic em abril, podendo estender o ciclo até maio ou julho.

Mesmo assim, prevalece a cautela antes da reunião do Fed amanhã, que será a primeira sob a liderança da nova presidente Janet Yellen. Além da decisão em si - a maioria dos analistas espera um novo corte de US$ 10 bilhões nas compras mensais de bônus -, os investidores aguardam com ansiedade a entrevista coletiva de Yellen, em busca de mais sinais de como será sua administração à frente do maior banco central do mundo.

Segundo Vanderlei Muniz, sócio-gerente da Onnix Corretora, uma das possíveis explicações para a queda do dólar hoje é a entrada de investidores estrangeiros no País para comprar renda variável, já que a Bovespa sobe forte. O comportamento do dólar ante outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities é misto. Por volta das 16h30, o dólar caía 0,44% em relação ao dólar australiano, mas subia 0,77% ante o dólar canadense e tinha pequena variação frente o peso mexicano (+0,09%) e a lira turca (-0,03%).

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