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Dólar cai e Bolsa renova máxima à espera da votação da Previdência

Às 11:05, o Ibovespa subia 1,36 %, a 103.429,85 pontos

Dólar: na véspera, o dólar recuou 0,74%, a 3,8264 reais na venda (Adam Gault/Thinkstock/Thinkstock)

Dólar: na véspera, o dólar recuou 0,74%, a 3,8264 reais na venda (Adam Gault/Thinkstock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 4 de julho de 2019 às 09h39.

Última atualização em 4 de julho de 2019 às 11h54.

São Paulo — O dólar caía ante o real nesta quinta-feira, com otimismo no mercado em relação à aguardada votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, em dia de mercados fechados nos Estados Unidos devido a feriado nacional.

Às 10:21, o dólar recuava 0,65%, a 3,8017 reais na venda.

Mais cedo, na mínima do pregão, o dólar tocou 3,7928 reais, menor patamar desde 18 de março, quando fechou a 3,7916 reais na venda.

Na véspera, o dólar recuou 0,74%, a 3,8264 reais na venda.

Neste pregão, o dólar futuro cedia 0,65%.

Em sessão marcada pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, agentes financeiros se voltam com otimismo para a votação da proposta de reforma da Previdência na comissão especial.

Pouco após as 10h desta quinta-feira, a sessão na comissão especial, em que deve ser votado o texto, foi aberta. Pouco antes, o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM) disse que a expectativa é votar a proposta ainda nesta manhã.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que já há os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Casa, de acordo com a Agência Câmara.

Com isso, crescem as possibilidades de que o texto seja votado antes do início do recesso parlamentar, em 18 de julho, como era almejado pelo governo e por Maia.

"O mercado tem razão para estar otimista. Se o presidente da comissão está falando, é porque de fato isso deve acontecer agora de manhã. Maia também falou que está dado como certa a quantidade de votos", avaliou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

Segundo Faganello, caso o texto seja aprovado na comissão especial e, em seguida, no plenário da Câmara antes do recesso, o câmbio poderá ver uma mudança de patamar. Já nesta quinta-feira, a moeda está testando quebrar a barreira dos 3,80 reais.

Somando ao bom humor com a cena local, o real, assim como outras moedas emergentes, também era beneficiado neste pregão por esperanças de cortes de juros nos Estados Unidos, após dados econômicos mornos que somam à pressão sobre o Federal Reserve para que a autoridade atue neste sentido.

Investidores trazem no radar a divulgação dos dados de criação de vagas de trabalho na sexta-feira.

Também corrobora para o sentimento a percepção de que a indicação de Christine Lagarde para o comando do Banco Central Europeu manterá a autoridade monetária europeia em um caminho dovish.

Ibovespa

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava mais de 1% esta quinta-feira, renovando recorde intradia, diante da possibilidade de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência em comissão especial da Câmara dos Deputados nesta sessão.

Às 11:05, o Ibovespa subia 1,36 %, a 103.429,85 pontos, em sessão que tende a ter a liquidez reduzida por feriado nos Estados Unidos. O volume financeiro somava 10 bilhões de reais.

Em Brasília, a comissão especial da reforma da Previdência abriu na manhã desta quinta-feira a reunião que deve votar o novo parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) e o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse esperar que o texto-base do parecer seja votado ainda nesta manhã.

"Hoje o Ibovespa deve seguir descolado do exterior e totalmente influenciado pelo andamento da avaliação da PEC da Previdência", destacaram analistas da corretora Mirae Asset, em relatório a clientes.

Nos EUA, as bolsas não funcionam em razão do feriado do Dia da Independência.

Destaques

- VIA VAREJO valorizava-se 3,76%, dando sequência à valorização recente, com expectativas relacionadas à mudança no comando da rede de móveis e eletrodomésticos.

- AZUL subia 2,72% e GOL avançava 3,47%, tendo de pano de fundo a queda do dólar ante o real, além de expectativas de potenciais benefícios para as companhias com a situação da Avianca Brasil, em recuperação judicial.

- RD tinha elevação de 3,09%, também entre as maiores altas da sessão. Na véspera, analista do Brasil Plural elevou a recomendação para 'overweight' destacando sólida execução na companhia em administrar margens.

- BRADESCO PN avançava 2,20%, liderando as altas dos bancos do Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN valorizando-se 1,20%.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiam 1,03% e 1,11%, respectivamente, embaladas também pelas perspectivas com a análise do texto da reforma da Previdência na comissão.

- VALE tinha variação positiva de 0,29%, conforme os futuros do minério de ferro na China caíram fortemente nesta quinta-feira, quebrando uma série de cinco dias de alta. BRADESPAR, que concentra investimentos na Vale, ganhava 0,22%.

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