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Dólar cai 0,9% com melhora externa e atento ao BC

Preço da moeda americana oscilou durante a manhã, mas encerrou o dia em baixa

 "O dólar seguiu o padrão de sempre: caiu enquanto as bolsas subiram" explicou um operador de uma corretora  (Mark Wilson/Getty images)

"O dólar seguiu o padrão de sempre: caiu enquanto as bolsas subiram" explicou um operador de uma corretora (Mark Wilson/Getty images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 17h56.

Sâo Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira, reagindo à melhora nos mercados internacionais pelo otimismo com uma resolução para a crise de dívida na zona do euro.

Houve uma maior volatilidade pela manhã, com a moeda abrindo em queda de mais de 1 por cento e depois passando a subir na mesma intensidade. À tarde, o reforço na alta das bolsas de valores e a recuperação do euro deram combustível para que o dólar firmasse baixa nas operações locais.

A taxa de câmbio caiu 0,90 por cento, para 1,8220 real na venda, ampliando a 4,11 por cento a desvalorização desde sexta-feira. Ainda assim, o dólar acumula forte apreciação de 14,41 por cento em setembro.

"Se compararmos com os outros dias, hoje foi até mais tranquilo. O dólar seguiu o padrão de sempre: caiu enquanto as bolsas subiram", disse o operador de câmbio de uma corretora paulista, que pediu anonimato.

Ante uma cesta de moedas, o dólar caía 0,5 por cento, enquanto as bolsas de valores em Nova York cravaram altas acima de 2 por cento, sinalizando o maior apetite por risco oriundo do alívio nas tensões na zona do euro.

Investidores repercutiram declarações de autoridades do bloco de que estariam estudando planos para reduzir a dívida da Grécia e recapitalizar bancos. Além disso, há expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) possa promover um corte de juros maior que o esperado na reunião de política monetária do próximo mês.

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o dólar deve continuar oscilando ao sabor dos desdobramentos da crise na zona do euro. O profissional, contudo, ponderou que o Banco Central (BC) seguirá combatendo movimentos bruscos, como o que fez o dólar disparar nas últimas semanas.

"A impressão que deu é que o BC não vai permitir um dólar acima de 1,90 (real), mas também não quer uma cotação menor que 1,70 (real), justamente o patamar em que ele parou de comprar no (mercado) à vista", afirmou.

Na quinta-feira, o BC interveio pesadamente no mercado ao utilizar contratos de swap cambial tradicional para conter a disparada do dólar. A medida conseguiu reduzir a alta a 2,26 por cento naquele dia, após a cotação ter superado 1,95 real, maior patamar desde julho de 2009.

Nesta segunda-feira, a autoridade não atuou no mercado cambial, repetindo a estratégia da sessão anterior.

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