Dólar cai 0,30% frente ao real, de olho em China e petróleo
O dólar fechou em queda sobre o real após a alta das bolsas chinesas trazer algum alívio ao humor externo
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 16h33.
São Paulo - O dólar fechou em queda sobre o real nesta sexta-feira, após a alta das bolsas chinesas trazer algum alívio ao humor externo, mas terminou longe das mínimas do dia diante da volatilidade dos preços do petróleo .
O dólar recuou 0,30 por cento, a 4,0403 reais na venda, após chegar a cair mais de 1 por cento durante a manhã. Apesar do recuo na sessão, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,34 por cento ante o real na primeira semana do ano.
"A verdade é que o mercado está um pouco desnorteado neste começo de ano e o humor externo muda a cada hora", disse o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional.
A moeda norte-americana se fortaleceu em relação a diversas moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Após a desvalorização do iuan na véspera dar ainda mais fôlego às preocupações com a saúde da economia chinesa, o país cancelou o mecanismo de suspensão automática de negociações com ações e fortaleceu a taxa de câmbio pela primeira vez em nove dias. As bolsas chinesas avançaram, recuperando-se após as fortes perdas da véspera ativarem o mecanismo de "circuit breaker".
Os preços do petróleo, que haviam atingido as mínimas em 11 anos e meio na véspera, chegaram a recuperar-se em reação ao bom humor com a China. À tarde, porém, voltaram a cair, em meio ao excesso de oferta global.
A volatilidade no petróleo tem arrastado consigo os preços de outras commodities e reduzido o apetite por ativos mais arriscados, como o real.
Outro foco importante era a política monetária norte-americana, após dados mais fortes que o esperado sobre o emprego divulgados nesta manhã. Um ritmo mais alto de elevação dos juros nos Estados Unidos pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.
"A discussão do Fed vai ganhar corpo nos próximos meses e é um fator importante para determinar como o dólar vai se comportar", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Nesta manhã, o Banco Central realizou mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 2,823 bilhões de dólares, ou cerca de 27 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.
Texto atualizado às 17h33
São Paulo - O dólar fechou em queda sobre o real nesta sexta-feira, após a alta das bolsas chinesas trazer algum alívio ao humor externo, mas terminou longe das mínimas do dia diante da volatilidade dos preços do petróleo .
O dólar recuou 0,30 por cento, a 4,0403 reais na venda, após chegar a cair mais de 1 por cento durante a manhã. Apesar do recuo na sessão, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,34 por cento ante o real na primeira semana do ano.
"A verdade é que o mercado está um pouco desnorteado neste começo de ano e o humor externo muda a cada hora", disse o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional.
A moeda norte-americana se fortaleceu em relação a diversas moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Após a desvalorização do iuan na véspera dar ainda mais fôlego às preocupações com a saúde da economia chinesa, o país cancelou o mecanismo de suspensão automática de negociações com ações e fortaleceu a taxa de câmbio pela primeira vez em nove dias. As bolsas chinesas avançaram, recuperando-se após as fortes perdas da véspera ativarem o mecanismo de "circuit breaker".
Os preços do petróleo, que haviam atingido as mínimas em 11 anos e meio na véspera, chegaram a recuperar-se em reação ao bom humor com a China. À tarde, porém, voltaram a cair, em meio ao excesso de oferta global.
A volatilidade no petróleo tem arrastado consigo os preços de outras commodities e reduzido o apetite por ativos mais arriscados, como o real.
Outro foco importante era a política monetária norte-americana, após dados mais fortes que o esperado sobre o emprego divulgados nesta manhã. Um ritmo mais alto de elevação dos juros nos Estados Unidos pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.
"A discussão do Fed vai ganhar corpo nos próximos meses e é um fator importante para determinar como o dólar vai se comportar", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Nesta manhã, o Banco Central realizou mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 2,823 bilhões de dólares, ou cerca de 27 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.
Texto atualizado às 17h33