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Dólar ronda estabilidade com disputa comercial e noticiário político

Às 12:08, o dólar avançava 0,08%, a 3,9823 reais na venda

Câmbio: dólar rondava a estabilidade ante o real nesta terça-feira (Thomas Trutschel/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2019 às 09h17.

Última atualização em 14 de maio de 2019 às 12h27.

São Paulo — O dólar rondava a estabilidade ante o real nesta terça-feira de olho no exterior, onde sinais conciliatórios de Estados Unidos e China ajudam a melhorar o sentimento de cautela ligado à disputa comercial, e com tensões políticas renovadas no plano doméstico.

Às 12:08, o dólar avançava 0,08%, a 3,9823 reais na venda.

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Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,88%, a 3,9792 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 24 de abril.

O dólar futuro caía cerca de 0,5% neste pregão.

O presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira a guerra comercial com a China, prometendo um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, em breve, mesmo com os temores sobre uma prolongada disputa aumentando.

Trump disse que quando for "o momento certo", os EUA farão um acordo com a China e que isso "vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam".

Já o governo chinês disse que concordou em continuar com as negociações comerciais, mas acrescentou que a China não será intimidada.

O tom mais conciliatório adotado por ambas as partes após dias de escalada nas tensões abriu espaço para certo alívio no sentimento de aversão ao risco em mercados mundiais.

O real, no entanto, na contramão de outras emergentes, não se beneficia tanto desse alívio no exterior, em função de tensões políticas renovadas, disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.

A quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, inspira cautela entre participantes do mercado.

Agentes financeiros também têm no radar a delação premiada do sócio da Gol Henrique Constantino, na qual o empresário relata pagamentos de propinas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entre outros políticos.

"É algo a mais num cenário que já inspira cuidados. Mais um elemento que deixa investidores apreensivos", disse Campos Neto.

O mercado monitora também eventuais desdobramentos ligados à reforma da Previdência. Nesta tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência na Comissão Mista do Orçamento, na Câmara dos Deputados.

O Banco Central vendeu nesta terça-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em nove operações, o BC já rolou 2,273 bilhões de dólares, de um total de 10,089 bilhões de dólares a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

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