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Dólar atinge R$2,37 apesar de 2 leilões de swap do BC

Moeda norte-americana vem subindo forte ante o real devido ao pessimismo dos investidores com os fundamentos da economia brasileira

Dólar: autoridade monetária anunciou na quinta-feira que iniciaria a rolagem de 100.800 contratos de swap cambial tradicional (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 14h24.

São Paulo - O dólar acelerava a alta em relação ao real nesta sexta-feira, atingingo o patamar de 2,37 reais pela primeira vez em mais de quatro anos, apesar de duas intervenções do Banco Central por meio de leilões de swap cambial tradicional.

A moeda norte-americana vem subindo forte ante o real devido ao pessimismo dos investidores com os fundamentos da economia brasileira, aliado à expectativa de que os Estados Unidos comecem em breve a cortar seu programa de estímulo monetário, reduzindo o apetite do mercado por ativos de risco.

Às 13h57, o dólar subia 1,6 por cento, a 2,3755 reais na venda, o maior patamar intradiário desde o início de março de 2009.

"A pressão é forte de alta e vai continuar assim enquanto o Banco Central mantiver a estratégia de atuar só no mercado futuro", afirmou um operador de banco estrangeiro que pediu anonimato.

O BC atuou em dois momentos. O primeiro, logo no início do pregão, fazendo leilão de rolagem de contratos de swap cambial que vencem em setembro deste ano. O segundo foi logo após a moeda superar o patamar de 2,36 reais, ofertando novos vencimentos de swap.

"No curtíssimo prazo, o mercado está meio assustador, tem a pressão de rolagem de 5 bilhões de dólares de swap cambial e tem a possibilidade de o Fed diminuir estímulo", resumiu o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

A autoridade monetária anunciou na quinta-feira que iniciaria a rolagem de 100.800 contratos de swap cambial tradicional --que funcionam como uma venda futura de dólares-- que vencem em 2 de setembro de 2013. Os contratos têm valor financeiro de 5 bilhões de dólares.


Apesar de as preocupações sobre o rumo da política monetária dos Estados Unidos afetarem todas os mercados emergentes, o real tem se enfraquecido mais do que outras moedas devido à falta de confiança dos investidores no desempenho da economia brasileira.

Analistas do mercado têm sublinhado que a autoridade monetária não conseguirá reverter a tendência de alta sem atuar no mercado à vista. Na quinta-feira, no entanto, o BC afirmou em comunicado que "continuará com sua política de intervenções pontuais no mercado futuro de câmbio", declaração que foi interpretada por investidores como um sinal de que, por enquanto, o BC não pretende vender dólares no mercado spot.

"O mercado está tentanto entender a estratégia do Banco Central, enquanto persistirem dúvidas, o dólar vai continuar subindo", afirmou um operador de instuição estrangeira.

Para o banco Barclays, o dólar terá elevação gradual chegando a 2,45 reais nos próximos 12 meses.

"Estamos preocupados que a deterioração dos fundamentos brasileiros (conta fiscal pior, aumento do déficit em conta corrente e falta de planejamento de longo prazo do governo) levará a um downgrade (da nota brasileira) de crédito no primeiro trimestre de 2014, o que pressionará mais o real", disseram os analistas do banco.

LEILÕES O BC iniciou nesta manhã a rolagem dos 100.800 contratos de swap cambial que vencem no início setembro. Nesta primeira etapa, foram vendidos o lote total de 20 mil contratos com vencimento em 1º de abril do ano que vem. O volume financeiro foi equivalente a 989 milhões de dólares.

No segundo leilão, o BC vendeu 21,6 mil contratos para 1 de novembro de 2013 e 1 de abril de 2014, de oferta total de 40 mil contratos. O volume financeiro foi equivalente a 1,076 bilhão de dólares. (Reportagem de Tiago Pariz; Edição de Alexandre Caverni e Walter Brandimarte)

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São Paulo - O dólar acelerava a alta em relação ao real nesta sexta-feira, atingingo o patamar de 2,37 reais pela primeira vez em mais de quatro anos, apesar de duas intervenções do Banco Central por meio de leilões de swap cambial tradicional.

A moeda norte-americana vem subindo forte ante o real devido ao pessimismo dos investidores com os fundamentos da economia brasileira, aliado à expectativa de que os Estados Unidos comecem em breve a cortar seu programa de estímulo monetário, reduzindo o apetite do mercado por ativos de risco.

Às 13h57, o dólar subia 1,6 por cento, a 2,3755 reais na venda, o maior patamar intradiário desde o início de março de 2009.

"A pressão é forte de alta e vai continuar assim enquanto o Banco Central mantiver a estratégia de atuar só no mercado futuro", afirmou um operador de banco estrangeiro que pediu anonimato.

O BC atuou em dois momentos. O primeiro, logo no início do pregão, fazendo leilão de rolagem de contratos de swap cambial que vencem em setembro deste ano. O segundo foi logo após a moeda superar o patamar de 2,36 reais, ofertando novos vencimentos de swap.

"No curtíssimo prazo, o mercado está meio assustador, tem a pressão de rolagem de 5 bilhões de dólares de swap cambial e tem a possibilidade de o Fed diminuir estímulo", resumiu o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

A autoridade monetária anunciou na quinta-feira que iniciaria a rolagem de 100.800 contratos de swap cambial tradicional --que funcionam como uma venda futura de dólares-- que vencem em 2 de setembro de 2013. Os contratos têm valor financeiro de 5 bilhões de dólares.


Apesar de as preocupações sobre o rumo da política monetária dos Estados Unidos afetarem todas os mercados emergentes, o real tem se enfraquecido mais do que outras moedas devido à falta de confiança dos investidores no desempenho da economia brasileira.

Analistas do mercado têm sublinhado que a autoridade monetária não conseguirá reverter a tendência de alta sem atuar no mercado à vista. Na quinta-feira, no entanto, o BC afirmou em comunicado que "continuará com sua política de intervenções pontuais no mercado futuro de câmbio", declaração que foi interpretada por investidores como um sinal de que, por enquanto, o BC não pretende vender dólares no mercado spot.

"O mercado está tentanto entender a estratégia do Banco Central, enquanto persistirem dúvidas, o dólar vai continuar subindo", afirmou um operador de instuição estrangeira.

Para o banco Barclays, o dólar terá elevação gradual chegando a 2,45 reais nos próximos 12 meses.

"Estamos preocupados que a deterioração dos fundamentos brasileiros (conta fiscal pior, aumento do déficit em conta corrente e falta de planejamento de longo prazo do governo) levará a um downgrade (da nota brasileira) de crédito no primeiro trimestre de 2014, o que pressionará mais o real", disseram os analistas do banco.

LEILÕES O BC iniciou nesta manhã a rolagem dos 100.800 contratos de swap cambial que vencem no início setembro. Nesta primeira etapa, foram vendidos o lote total de 20 mil contratos com vencimento em 1º de abril do ano que vem. O volume financeiro foi equivalente a 989 milhões de dólares.

No segundo leilão, o BC vendeu 21,6 mil contratos para 1 de novembro de 2013 e 1 de abril de 2014, de oferta total de 40 mil contratos. O volume financeiro foi equivalente a 1,076 bilhão de dólares. (Reportagem de Tiago Pariz; Edição de Alexandre Caverni e Walter Brandimarte)

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