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Dólar assume trajetória de alta em linha com exterior

Mercados devem receber investidores que deixaram de negociar ontem, durante o feriado nos Estados Unidos

Notas de dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 11h24.

São Paulo - A volta de muitos investidores aos negócios nesta terça-feira, após o feriado norte-americano na segunda-feira, deve agitar os mercados diante dos persistentes temores sobre a saúde do sistema bancário espanhol. Por enquanto, expectativas de que a China adote um pacote de estímulo econômico animaram as bolsas asiáticas e também resgataram mais cedo os mercados de ações da Alemanha, Reino Unido e França do campo negativo, além de favorecer a abertura em alta das ações em Nova York. Os demais mercados acionários da periferia da zona do euro, à exceção do FTSEMID de Milão, aprofundam as quedas, demonstrando predominância de posições defensivas.

Diante do maior aumento de apostas na queda do euro desde 2007, constatado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), a moeda única europeia perdeu força no segmento de moedas mais cedo. Às 10h26, no entanto, o euro reduzia as perdas diante do dólar , após os indicadores norte-americanos trazerem resultados mistos.

Pesou negativamente sobre o sentimento dos investidores a queda de 2,6% em março ante março de 2011 do índice que mede os preços das residências nas 20 maiores áreas metropolitanas dos EUA. A previsão dos analistas era de retração de 2,5%. Nas 10 maiores áreas metropolitanas do país, a queda anual nos preços foi de 2,8%. De acordo com a pesquisa, os preços das moradias terminaram o primeiro trimestre deste ano no menor nível desde o começo da crise no setor imobiliário, em meados de 2006. Na comparação com o segundo trimestre daquele ano, os preços acumulam queda de quase 35%. Em março, o índice de preços de 20 cidades ficou inalterado na comparação mensal, e o índice de 10 cidades caiu 0,1%.

De outro lado, o dado de atividade do meio oeste veio melhor do que o esperado. A produção manufatureira do Meio Oeste dos EUA cresceu 2,4% em abril, segundo dados do Federal Reserve de Chicago. O índice de manufatura do Meio Oeste aumentou para 94,2 em abril, depois de cair 0,3% em março. A alta foi puxada por um avanço mensal de 7,6% na produção do setor automotivo. A produção do setor de siderurgia aumentou 0,7% e a de maquinários crescer 0,6%. Em comparação com abril do ano passado, o índice principal subiu 12,0%; o do setor automotivo aumentou 28,2%; o do setor de siderurgia cresceu 10,7%; e o de maquinários avançou 11,5%.Houve queda apenas no índice do setor de recursos naturais, que caiu 0,1% em abril ante março, mas subiu 1,4% ante abril de 2011.

Nesse contexto, o mercado à vista de câmbio abriu com o dólar no balcão em alta, alinhado ao comportamento externo da divisa dos EUA. Nos negócios interbancários de balcão, a moeda dos EUA começou com leve alta de 0,10%, a R$ 1,9840, tocou rapidamente uma mínima de R$ 1,980 (-0,10%) e, logo depois, retomou o sinal positivo. Às 10h52, o pronto no balcão subia 0,50%, a R$ 1,9920, após atingir máxima, de R$ 1,9940 (+0,48%).


Na BM&F às 10h39, após abrir com atraso e com apenas 12 negócios realizados até esse horário, o pronto no balcão estava na mínima, de R$ 1,9825, com alta de 0,24%, sendo que a máxima, de R$ 1,9870, alta de 0,47%, foi registrada na abertura por volta das 10h34.

No segmento futuro, o contrato de dólar que vence nesta sexta-feira, dia 1º de junho, subia 0,40%, a R$ 1,9925 às 10h43, após oscilar entre mínima de R$ 1,9810 (-0,18%) e máxima, de R$ 1,9945 (+0,50%).

Em Nova York, às 10h44, o euro estava em US$ 1,2531, ante US$ 1,2542 ontem e de uma mínima mais cedo em US$ 1,2510. Já o dólar avançava a 79,542 ienes, de 79,47 ienes na véspera. O dólar index, que mede a variação da divisa dos EUA ante seis moedas fortes, subia a 82,267, de 82,218 no fim da tarde de ontem.

No câmbio doméstico, ao longo do dia, as perspectivas sobre a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã também podem pesar nas decisões de negócios. Por isso, eventual retomada de oscilação mais forte das cotações do dólar ante o real não está descartada. Além disso, o dólar vem de quatro quedas seguidas até ontem, quando acumulou desvalorização de 4,67% no período. Há duas sessões seguidas, a moeda à vista encerrou abaixo dos R$ 2,00, reagindo aos seis leilões de swap cambial (que equivale à venda de moeda no mercado futuro), nos quais o BC vendeu US$ 5,409 bilhões desses contratos do último dia 18 até sexta-feira passada.

A rolagem de contratos futuros de dólar também deve se ampliar, adicionando certa dose de especulação aos negócios. De acordo com a BM&FBovespa, os investidores estrangeiros carregam posição comprada em derivativos cambiais. A posição comprada líquida destes players ontem correspondia a 27.871 contratos de dólar futuro, num total financeiro de cerca de US$ 1,393 bilhão, e a 35.389 contratos de cupom cambial-DDI, equivalentes a cerca de US$ 1,769 bilhão.

De outro lado, pelos dados do Banco Central, os bancos ainda devem ter um "colchão de liquidez" nas suas posições "compradas" no mercado à vista em torno de US$ 4,0 bilhões, porém se o fluxo cambial fortalecer a tendência de se tornar negativo, este montante pode ser rapidamente exaurido.

Nas mesas de câmbio, as apostas são de que o Banco Central só deve voltar a ofertar swap cambial, que corresponde à venda de dólar no mercado futuro, se os preços da moeda norte-americana retomarem o patamar de R$ 2,00. Na sexta-feira passada e ontem, o dólar à vista fechou abaixo desse nível de preço. No balcão, o dólar encerrou a segunda-feira em R$ 1,9820, em baixa de 0,80%.

São Paulo - A volta de muitos investidores aos negócios nesta terça-feira, após o feriado norte-americano na segunda-feira, deve agitar os mercados diante dos persistentes temores sobre a saúde do sistema bancário espanhol. Por enquanto, expectativas de que a China adote um pacote de estímulo econômico animaram as bolsas asiáticas e também resgataram mais cedo os mercados de ações da Alemanha, Reino Unido e França do campo negativo, além de favorecer a abertura em alta das ações em Nova York. Os demais mercados acionários da periferia da zona do euro, à exceção do FTSEMID de Milão, aprofundam as quedas, demonstrando predominância de posições defensivas.

Diante do maior aumento de apostas na queda do euro desde 2007, constatado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), a moeda única europeia perdeu força no segmento de moedas mais cedo. Às 10h26, no entanto, o euro reduzia as perdas diante do dólar , após os indicadores norte-americanos trazerem resultados mistos.

Pesou negativamente sobre o sentimento dos investidores a queda de 2,6% em março ante março de 2011 do índice que mede os preços das residências nas 20 maiores áreas metropolitanas dos EUA. A previsão dos analistas era de retração de 2,5%. Nas 10 maiores áreas metropolitanas do país, a queda anual nos preços foi de 2,8%. De acordo com a pesquisa, os preços das moradias terminaram o primeiro trimestre deste ano no menor nível desde o começo da crise no setor imobiliário, em meados de 2006. Na comparação com o segundo trimestre daquele ano, os preços acumulam queda de quase 35%. Em março, o índice de preços de 20 cidades ficou inalterado na comparação mensal, e o índice de 10 cidades caiu 0,1%.

De outro lado, o dado de atividade do meio oeste veio melhor do que o esperado. A produção manufatureira do Meio Oeste dos EUA cresceu 2,4% em abril, segundo dados do Federal Reserve de Chicago. O índice de manufatura do Meio Oeste aumentou para 94,2 em abril, depois de cair 0,3% em março. A alta foi puxada por um avanço mensal de 7,6% na produção do setor automotivo. A produção do setor de siderurgia aumentou 0,7% e a de maquinários crescer 0,6%. Em comparação com abril do ano passado, o índice principal subiu 12,0%; o do setor automotivo aumentou 28,2%; o do setor de siderurgia cresceu 10,7%; e o de maquinários avançou 11,5%.Houve queda apenas no índice do setor de recursos naturais, que caiu 0,1% em abril ante março, mas subiu 1,4% ante abril de 2011.

Nesse contexto, o mercado à vista de câmbio abriu com o dólar no balcão em alta, alinhado ao comportamento externo da divisa dos EUA. Nos negócios interbancários de balcão, a moeda dos EUA começou com leve alta de 0,10%, a R$ 1,9840, tocou rapidamente uma mínima de R$ 1,980 (-0,10%) e, logo depois, retomou o sinal positivo. Às 10h52, o pronto no balcão subia 0,50%, a R$ 1,9920, após atingir máxima, de R$ 1,9940 (+0,48%).


Na BM&F às 10h39, após abrir com atraso e com apenas 12 negócios realizados até esse horário, o pronto no balcão estava na mínima, de R$ 1,9825, com alta de 0,24%, sendo que a máxima, de R$ 1,9870, alta de 0,47%, foi registrada na abertura por volta das 10h34.

No segmento futuro, o contrato de dólar que vence nesta sexta-feira, dia 1º de junho, subia 0,40%, a R$ 1,9925 às 10h43, após oscilar entre mínima de R$ 1,9810 (-0,18%) e máxima, de R$ 1,9945 (+0,50%).

Em Nova York, às 10h44, o euro estava em US$ 1,2531, ante US$ 1,2542 ontem e de uma mínima mais cedo em US$ 1,2510. Já o dólar avançava a 79,542 ienes, de 79,47 ienes na véspera. O dólar index, que mede a variação da divisa dos EUA ante seis moedas fortes, subia a 82,267, de 82,218 no fim da tarde de ontem.

No câmbio doméstico, ao longo do dia, as perspectivas sobre a decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã também podem pesar nas decisões de negócios. Por isso, eventual retomada de oscilação mais forte das cotações do dólar ante o real não está descartada. Além disso, o dólar vem de quatro quedas seguidas até ontem, quando acumulou desvalorização de 4,67% no período. Há duas sessões seguidas, a moeda à vista encerrou abaixo dos R$ 2,00, reagindo aos seis leilões de swap cambial (que equivale à venda de moeda no mercado futuro), nos quais o BC vendeu US$ 5,409 bilhões desses contratos do último dia 18 até sexta-feira passada.

A rolagem de contratos futuros de dólar também deve se ampliar, adicionando certa dose de especulação aos negócios. De acordo com a BM&FBovespa, os investidores estrangeiros carregam posição comprada em derivativos cambiais. A posição comprada líquida destes players ontem correspondia a 27.871 contratos de dólar futuro, num total financeiro de cerca de US$ 1,393 bilhão, e a 35.389 contratos de cupom cambial-DDI, equivalentes a cerca de US$ 1,769 bilhão.

De outro lado, pelos dados do Banco Central, os bancos ainda devem ter um "colchão de liquidez" nas suas posições "compradas" no mercado à vista em torno de US$ 4,0 bilhões, porém se o fluxo cambial fortalecer a tendência de se tornar negativo, este montante pode ser rapidamente exaurido.

Nas mesas de câmbio, as apostas são de que o Banco Central só deve voltar a ofertar swap cambial, que corresponde à venda de dólar no mercado futuro, se os preços da moeda norte-americana retomarem o patamar de R$ 2,00. Na sexta-feira passada e ontem, o dólar à vista fechou abaixo desse nível de preço. No balcão, o dólar encerrou a segunda-feira em R$ 1,9820, em baixa de 0,80%.

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