Notas de dólar (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2012 às 10h59.
São Paulo - A despeito da série de eventos econômicos ocorridos na manhã desta quinta-feira no Brasil e no exterior, o dólar segura-se na estabilidade ante o real. O viés de baixa, porém, foi neutralizado, após a reação a reação do euro às declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e também devido à criação maior que a esperada de postos de trabalho nos Estados Unidos.
Às 10h25, o dólar à vista exibia alta de 0,10% no balcão, cotado a R$ 2,041, na máxima. Na abertura, a moeda norte-americana foi negociada em baixa e bateu R$ 2,033 na mínima, em queda de 0,30%. No mesmo horário, o contrato futuro do dólar para outubro subia 0,07%, a R$ 2,049.
Um operador da mesa de câmbio de uma corretora paulista afirma que o volume financeiro já sinaliza fraqueza dos negócios para o dia, nesta véspera de feriado no País. Outro profissional, que também falou sob a condição de não ser identificado, reforça a visão de que o dólar não tem muito espaço para reagir ao noticiário do dia e acaba oscilando pontualmente. Ao mesmo tempo, a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom) teve efeito neutro sobre o mercado cambial, após o colegiado reiterar que ajustes condicionais serão conduzidos com "máxima parcimônia".
Em contrapartida, no exterior, o euro assumiu uma intensa volatilidade após as declarações do presidente da autoridade monetária. Draghi confirmou as expectativas ao anunciar que o BCE irá comprar bônus soberanos no mercado secundário. Por volta das 10h20, o euro valia 1,2586, de US$ 1,2625 no fim da tarde de ontem, e depois de bater a máxima ante o dólar em dois meses.
A moeda norte-americana também ganhou força após o relatório ADP mostrar a criação de 201 mil empregos no setor privado do país em agosto, acima da previsão de +145 mil novas vagas no mês passado. A pesquisa é vista como um termômetro para o relatório oficial do mercado de trabalho (payroll), que sai amanhã e que pode balizar a decisão de política monetária do Federal Reserve, na semana que vem.