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Dólar cai de olho na votação da Previdência na Câmara; Bolsa atinge máxima

Às 10:33, o dólar recuava 1,08%, a 3,7670 reais na venda

Dólar: Às 10:53, o Ibovespa subia 1,36%, a 105.952,74 pontos (Pixabay/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2019 às 09h10.

Última atualização em 10 de julho de 2019 às 11h17.

São Paulo - O dólar caía cerca de 1% ante o real nesta quarta-feira, após declarações do presidente do Federal Reserve , Jerome Powell, e com expectativas de que a reforma da Previdência seja votada no plenário da Câmara dos Deputados.

Às 10:33, o dólar recuava 1,08%, a 3,7670 reais na venda.

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Na segunda-feira, a moeda encerrou com queda de 0,31%, a 3,8081 reais na venda.

Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de cerca de 0,1%.

Após abrir com ligeira queda, o dólar acelerou o movimento depois da divulgação de declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell. Na mínima do pregão, chegou a 3,7608 reais.

Em declarações preparadas para seu depoimento semestral ao Congresso dos EUA, Powell reiterou que o Fed agirá "conforme apropriado" para sustentar o crescimento econômico dos EUA, acrescentando que preocupações com comércio e crescimento global continuam a pressionar a economia norte-americana.

A declaração de Powell, que impulsionou moedas emergentes, inclusive o real, eleva as expectativas para um corte de juros ainda neste mês.

Agentes financeiros também seguem esperando a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fomc e ainda monitoram outras falas de Powell nesta quarta e quinta-feiras.

Participantes do mercado também acompanham atentamente a Câmara dos Deputados, que deve votar nesta quarta-feira a reforma da Previdência.

Na madrugada, a Casa concluiu a fase de discussão em plenário da reforma previdenciária, e a votação da matéria foi agendada para esta manhã, após negociações de última hora na véspera que acabaram atrasando o cronograma previsto inicialmente.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretendia votar o texto principal da reforma na noite de terça-feira ou madrugada de quarta, reservando a quarta-feira para a análise de destaques, mas negociações atrasaram o cronograma.

A intenção do presidente da Casa é de encerrar os dois turnos de votação nesta semana, antes do início do recesso parlamentar, em 18 de julho.

"Do que a gente avalia, esse nível de dólar, de 3,76 reais, já está precificando a aprovação (da Previdência). Não existe outro sinal", disse o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Bolsa

O Ibovespa avançava na volta do feriado, encostando nos 106 mil pontos pela primeira vez, com a chance de votação do texto principal da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta-feira.

Às 10:53, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,36 %, a 105.952,74 pontos. O volume financeiro era de 3,58 bilhões de reais.

A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência foi agendada para esta manhã, após a Câmara concluir na madrugada desta quarta-feira a fase de discussão em plenário da reforma.

"O mercado segue confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda nesta primeira metade de julho", afirmou a equipe da corretora Planner, em relatório a clientes.

Investidores também monitoram depoimento do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, em comitê na Câmara dos Deputados nos EUA, além da divulgação da ata da última decisão de política monetária do banco central norte-americano.

Powell afirmou em discurso preparado a deputados que o Federal Reserve continua pronto para "agir conforme apropriado" para sustentar a expansão econômica.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,55%.

O pregão brasileiro ainda é marcado por ajuste aos movimentos das ações brasileiras listadas em Nova York, os ADRs, que foram negociados na véspera, quando não houve operações na B3 em razão de feriado no Estado de São Paulo.

Destaques

- VALE subia 2,1%, apesar da decisão da Justiça de Minas Gerais, que condenou a mineradora a reparar todos os danos causados pelo rompimento de barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro, e manteve um bloqueio de 11 bilhões de reais da companhia.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,7% e BRADESCO PN subia 1,05%, embalados também pelo otimismo com a reforma da Previdência, endossando a alta do Ibovespa.

- PETROBRAS PN valorizava-se 2,2%, favorecida pelo viés positivo na bolsa como um todo, além da alta dos preços do petróleo no mercado externo.

- ULTRAPAR e BR DISTRIBUIDORA subiam 4% e 5,7%, respectivamente. A Petrobras reduziu no começo da semana valor da gasolina na refinaria para menor nível desde fevereiro.

- IRB Brasil subia 2,2%. A equipe da Brasil Plural chamou a atenção para o fato de que, depois que a Susep permitiu que o IRB se tornasse uma empresa não controlada, segundo o jornal Valor Econômico, o Bradesco e o Itaú estão negociando um período de carência e devem manter suas ações na resseguradora.

- BRASKEM perdia 1,9%, encerrando série de cinco pregões sem fechar em queda.

- RUMO cedia 0,4%, tendo de pano de fundo expectativas relacionadas ao processo de renovação da malha paulista.

- KROTON caía 0,6%, entre as poucas quedas do Ibovespa na sessão, após sequência de cinco pregões de alta, período em que acumulou ganho de 14,1%.

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