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DIs caem sob dúvidas quanto a solução rápida para Europa

São Paulo - O mercado de juros futuros se rendeu novamente à piora externa, resultando em mais um dia de pequena devolução de prêmios, especialmente no período da tarde. Apesar do chamado pacto fiscal, acordado por autoridades europeias na semana passada, as agências de classificação de risco seguem ameaçando rebaixar o rating dos países da […]

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 16h13.

São Paulo - O mercado de juros futuros se rendeu novamente à piora externa, resultando em mais um dia de pequena devolução de prêmios, especialmente no período da tarde. Apesar do chamado pacto fiscal, acordado por autoridades europeias na semana passada, as agências de classificação de risco seguem ameaçando rebaixar o rating dos países da região. Hoje foi a vez de a Moody's reiterar a intenção de rever as notas do bloco, além de a Standard & Poor's ter dito antes da cúpula da União Europeia que tomaria uma decisão tão logo conhecesse as decisões dos europeus. Também contribuiu para a queda das taxas futuras a revisão em baixa, trazidas pelo boletim Focus, das projeções para PIB, taxa Selic e IPCA em 2012.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (124.715 contratos) cedia a 9,82%, de 9,86% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014, com movimento de 96.565 contratos, estava em 10,13%, de 10,18% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (19.275 contratos) marcava 10,73%, de 10,77% ontem, e o DI janeiro de 2021 (1.000 contratos) caía para a mínima de 10,91%, ante 10,96% no ajuste.

Uma avaliação feita hoje pela Moody's chama atenção para a ausência de soluções imediatas na Europa. Segundo a agência, tendo em vista a ausência continuada de medidas de política decisivas, apesar da recente cúpula da zona do euro, permanece a intenção de rever os ratings de todos os países da União Europeia durante o primeiro trimestre de 2012. Isso fez a aversão ao risco predominar sobre os negócios. Tanto que o yield dos bônus de 10 anos do Reino Unido, conhecidos como gilt, atingiu uma nova mínima histórica hoje, a 2,07%, diante da busca por proteção.

Internamente, as principais informações do dia vieram da pesquisa Focus. O mercado manteve o prognóstico de que o IPCA fechará 2011 em 6,50%, mesmo após o indicador ter subido 0,52% no mês passado - pouco acima do que previa a maioria dos analistas. Para dezembro deste ano, os agentes revisaram a previsão para o IPCA em baixa, de 0,51% para 0,50%. Em 2012, a previsão de inflação medida pelo índice caiu de 5,49% para 5,42%. A pesquisa Focus apontou que a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano recuou de 3,48% para 3,40%. Para este ano, as projeções foram revistas de 3,09% para 2,97%. Por fim, os agentes reduziram, novamente, as estimativas para a Selic no próximo ano, de 9,75% para 9,50%.

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