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DI sobe após BC reduzir chance de corte maior da Selic

O Comitê de Política Monetária disse ontem em comunicado que decidiu manter o ritmo “moderado” de corte da taxa básica em 0,5%

O Copom, liderado pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic de 12% para 11,5% (Divulgação/Banco Central)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 11h05.

São Paulo - Os juros nos mercados futuros sobem na maioria dos contratos após o Banco Central sinalizar que diminuíram as chances de aceleração dos cortes da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária disse ontem em comunicado que decidiu manter o ritmo “moderado” de corte da taxa básica em 0,5 ponto percentual.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 4 pontos-base, para 10,48 por cento, às 11:40, enquanto a taxa de janeiro de 2012 avançava 0,6 ponto-base, para 11,13 por cento.

O comunicado do Copom sinalizou que não deve haver um ritmo maior de redução do juro básico, disse Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, economista-sênior da Franklin Templeton Investment Management Ltd.

“O statement foi frio, sem nenhuma mensagem que sinalize aceleração do corte de juros”, disse hoje Gomes Filho em entrevista por telefone. “A mensagem foi hawkish” para aqueles que esperavam um corte maior do que meio ponto percentual, disse ele.

O Copom, liderado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic de 12 por cento para 11,5 por cento.

“O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”, disse o BC no comunicado que acompanhou a decisão.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 registrou alta de 0,42 por cento em outubro, desacelerando mais do que o esperado após a alta de 0,53 por cento de setembro. A mediana das estimativas era de 0,45 por cento, segundo pesquisa Bloomberg com 45 analistas.

A segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado de outubro subiu 0,50 por cento, acelerando-se menos que o esperado ante a alta de 0,45 por cento do período anterior. Mediana das estimativas apontava alta de 0,52 por cento.


O ciclo atual de cortes de juros pelo BC levará a economia a se acelerar no segundo semestre de 2012 “de maneira intensa”, disse Flávio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank.

“O BC aceita inflação mais elevada para priorizar crescimento”, disse Serrano em entrevista por telefone de São Paulo. “O BC está focando um pouco mais no quadro atividade econômica doméstica e internacional. Evitando que haja desaceleração mais forte da atividade econômica, o BC força o Brasil a não desacelerar como todo o mundo.”

Para o economista do BES, o IPCA-15 divulgado hoje ainda indica que a “parte estrutural da inflação” continua pressionada.

“Apesar de ter existido desaceleração do IPCA-15, os núcleos ficaram praticamente no mesmo patamar”, disse ele. “Então o que está levando a desacelerar são fatores temporários.”

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São Paulo - Os juros nos mercados futuros sobem na maioria dos contratos após o Banco Central sinalizar que diminuíram as chances de aceleração dos cortes da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária disse ontem em comunicado que decidiu manter o ritmo “moderado” de corte da taxa básica em 0,5 ponto percentual.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 subia 4 pontos-base, para 10,48 por cento, às 11:40, enquanto a taxa de janeiro de 2012 avançava 0,6 ponto-base, para 11,13 por cento.

O comunicado do Copom sinalizou que não deve haver um ritmo maior de redução do juro básico, disse Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, economista-sênior da Franklin Templeton Investment Management Ltd.

“O statement foi frio, sem nenhuma mensagem que sinalize aceleração do corte de juros”, disse hoje Gomes Filho em entrevista por telefone. “A mensagem foi hawkish” para aqueles que esperavam um corte maior do que meio ponto percentual, disse ele.

O Copom, liderado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic de 12 por cento para 11,5 por cento.

“O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”, disse o BC no comunicado que acompanhou a decisão.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 registrou alta de 0,42 por cento em outubro, desacelerando mais do que o esperado após a alta de 0,53 por cento de setembro. A mediana das estimativas era de 0,45 por cento, segundo pesquisa Bloomberg com 45 analistas.

A segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado de outubro subiu 0,50 por cento, acelerando-se menos que o esperado ante a alta de 0,45 por cento do período anterior. Mediana das estimativas apontava alta de 0,52 por cento.


O ciclo atual de cortes de juros pelo BC levará a economia a se acelerar no segundo semestre de 2012 “de maneira intensa”, disse Flávio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank.

“O BC aceita inflação mais elevada para priorizar crescimento”, disse Serrano em entrevista por telefone de São Paulo. “O BC está focando um pouco mais no quadro atividade econômica doméstica e internacional. Evitando que haja desaceleração mais forte da atividade econômica, o BC força o Brasil a não desacelerar como todo o mundo.”

Para o economista do BES, o IPCA-15 divulgado hoje ainda indica que a “parte estrutural da inflação” continua pressionada.

“Apesar de ter existido desaceleração do IPCA-15, os núcleos ficaram praticamente no mesmo patamar”, disse ele. “Então o que está levando a desacelerar são fatores temporários.”

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