DI cai a nível recorde após Copom manter "porta aberta"
Os juros nos mercados futuros de janeiro de 2013 caíam 24 pontos-base, para 8,43%, o menor nível já atingido pelo contrato mais negociado
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2012 às 10h29.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros caíram a nível recorde após o comunicado do Comitê de Política Monetária sinalizar que a taxa básica poderá cair para menos de 9 por cento.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 caía 24 pontos-base, para 8,43 por cento, às 9:55, o menor nível já atingido pelo contrato mais negociado. O dólar sobe pelo sétimo em oito dias com investidor estrangeiro podendo reduzir o interesse por aplicações que rendem juros nos Brasil. No exterior, as bolsas europeias e o euro recuam diante do receio de agravamento da crise da dívida.
O Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual em reunião encerrada ontem “dando seguimento ao processo de ajuste”, segundo comunicado distribuído após o encontro. O Copom disse que “permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação” e citou a “fragilidade da economia global” contribuindo para a queda da inflação.
O BC “deixou a porta amplamente aberta” para novos cortes da taxa básica de juros, na avaliação da Nomura Securities International Inc.
“O uso da expressão ‘seguimento ao processo de ajuste’ sinaliza a possibilidade de mais cortes da taxa Selic no futuro próximo”, escreveram os analistas Tony Volpon e George Lei em relatório divulgado ontem após a decisão do Copom.
O Banco Bradesco SA disse que o Copom deve fazer um corte de 50 pontos-base na taxa Selic em maio, que permaneceria em 8,50 por cento até pelo menos o final de 2012.
O Copom “indicou que pode realizar mais um corte na taxa Selic em maio”, segundo relatório enviado hoje pelo banco assinado pelo diretor de pesquisas e estudos econômicos, Octavio de Barros. “Embora não estejam descartadas as chances de manutenção na próxima reunião em maio, acreditamos ser mais provável que o Copom reduza novamente a taxa de juros.”
Ambiente internacional
O comunicado da decisão do BC mantém espaço para continuidade das reduções, apesar de o BC ter dito na ata da reunião anterior que o juro poderia cair para até nível ligeiramente superior ao piso histórico de 8,75 por cento, disse Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimentos.
“Como sua decisão é baseada inteiramente nas condições do ambiente internacional - que ele considera ter um impacto deflacionário na economia brasileira até agora - o comunicado da decisão deixa espaço para cortes adicionais, em nossa opinião, uma vez que uma substancial melhora externa parece improvável no curto prazo”, disse Santos em relatório enviado ontem por e- mail.
São Paulo - Os juros nos mercados futuros caíram a nível recorde após o comunicado do Comitê de Política Monetária sinalizar que a taxa básica poderá cair para menos de 9 por cento.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro de janeiro de 2013 caía 24 pontos-base, para 8,43 por cento, às 9:55, o menor nível já atingido pelo contrato mais negociado. O dólar sobe pelo sétimo em oito dias com investidor estrangeiro podendo reduzir o interesse por aplicações que rendem juros nos Brasil. No exterior, as bolsas europeias e o euro recuam diante do receio de agravamento da crise da dívida.
O Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual em reunião encerrada ontem “dando seguimento ao processo de ajuste”, segundo comunicado distribuído após o encontro. O Copom disse que “permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação” e citou a “fragilidade da economia global” contribuindo para a queda da inflação.
O BC “deixou a porta amplamente aberta” para novos cortes da taxa básica de juros, na avaliação da Nomura Securities International Inc.
“O uso da expressão ‘seguimento ao processo de ajuste’ sinaliza a possibilidade de mais cortes da taxa Selic no futuro próximo”, escreveram os analistas Tony Volpon e George Lei em relatório divulgado ontem após a decisão do Copom.
O Banco Bradesco SA disse que o Copom deve fazer um corte de 50 pontos-base na taxa Selic em maio, que permaneceria em 8,50 por cento até pelo menos o final de 2012.
O Copom “indicou que pode realizar mais um corte na taxa Selic em maio”, segundo relatório enviado hoje pelo banco assinado pelo diretor de pesquisas e estudos econômicos, Octavio de Barros. “Embora não estejam descartadas as chances de manutenção na próxima reunião em maio, acreditamos ser mais provável que o Copom reduza novamente a taxa de juros.”
Ambiente internacional
O comunicado da decisão do BC mantém espaço para continuidade das reduções, apesar de o BC ter dito na ata da reunião anterior que o juro poderia cair para até nível ligeiramente superior ao piso histórico de 8,75 por cento, disse Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimentos.
“Como sua decisão é baseada inteiramente nas condições do ambiente internacional - que ele considera ter um impacto deflacionário na economia brasileira até agora - o comunicado da decisão deixa espaço para cortes adicionais, em nossa opinião, uma vez que uma substancial melhora externa parece improvável no curto prazo”, disse Santos em relatório enviado ontem por e- mail.