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Decisão do Fed faz ações saltarem e dólar recuar

Investidores comemoraram a perspectiva de continuidade do estímulo na maior economia do mundo

Dólar: expectatativa é que as ações norte-americanas também abram em alta após atingirem máximas recordes depois da decisão do Fed na quarta-feira (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 08h30.

Londres - As ações mundiais e os preços dos títulos globais saltaram nesta quinta-feira enquanto o dólar recuava após o banco central dos Estados Unidos surpreender os mercados na véspera ao optar por não reduzir seu programa de compra de ativos por ora.

De Londres a Tóquio, Istambul a Jacarta, investidores comemoraram a perspectiva de continuidade do estímulo na maior economia do mundo, embora o motivo por trás disso seja a preocupação com o fortalecimento da recuperação dos EUA.

O Fed também reduziu sua projeção para o crescimento econômico em 2013 para uma faixa entre 2 por cento e 2,3 por cento, ante estimativa em junho de 2,3 por cento a 2,6 por cento. A redução para 2014 foi ainda mais forte.

Às 7h58 (horário de Brasília), o índice mundial MSCI , que acompanha 45 países, subia 1,17 por cento, atingindo nova máxima em cinco anos conforme os fortes ganhos nos mercados asiáticos eram refletidos na Europa, com o índice FTSEurofirst 300 subindo 0,96 por cento.

A expectatativa é que as ações norte-americanas também abram em alta após atingirem máximas recordes depois da decisão do Fed na quarta-feira.

As chances de que as taxas de juros dos EUA possam permanecer baixas por mais tempo aumentaram ainda mais com a notícia da Casa Branca de que Janet Yellen está na frente na disputa para assumir o comando do Federal Reserve quando Ben Bernanke deixar o cargo em janeiro.

"O resumo é que o (Fed) queria mandar uma mensagem extremamente dovish, não apenas através do fato de evitar a redução, mas também com suas estimativas", escreveram analistas do Barclays.


"Nós revisamos nossa estimativa de primeiro aumento de juros de março para junho de 2015, e agora esperamos que os yields dos Treasuries de 10 anos dos EUA encerrem este ano a 2,85 por cento, ante 3,10 por cento anteriormente." Tudo isso foi um enorme alívio para os mercados emergentes, que sofriam à medida que os yields mais altos no mundo rico atraíam um capital estrangeiro tão necessário aos emergentes.

O principal índice acionário do mercado emergente saltava 2,29 por cento. A lira turca e a rupia indiana ganhavam mais de 2 por cento, enquanto o principal índice acionário indonésio subiu 4,65 por cento, o australiano avançou 1,10 por cento e o japonês Nikkei teve alta de 1,8 por cento.

A visão do mercado de que o provável momento da primeira alta nos juros dos EUA vai demorar mais, apostando em 2015, fez o dólar recuar de forma generalizada. O euro estava em alta, cotado a 1,3554 dólar, depois de já ter subido 1,2 por cento na quarta-feira, para o maior nível em quase oito meses.

Contra uma cesta de moedas, o dólar perdeu 1,1 por cento em menos de 24 horas, a maior parte no início do pregão, atingindo o menor nível desde fevereiro.

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De Londres a Tóquio, Istambul a Jacarta, investidores comemoraram a perspectiva de continuidade do estímulo na maior economia do mundo, embora o motivo por trás disso seja a preocupação com o fortalecimento da recuperação dos EUA.

O Fed também reduziu sua projeção para o crescimento econômico em 2013 para uma faixa entre 2 por cento e 2,3 por cento, ante estimativa em junho de 2,3 por cento a 2,6 por cento. A redução para 2014 foi ainda mais forte.

Às 7h58 (horário de Brasília), o índice mundial MSCI , que acompanha 45 países, subia 1,17 por cento, atingindo nova máxima em cinco anos conforme os fortes ganhos nos mercados asiáticos eram refletidos na Europa, com o índice FTSEurofirst 300 subindo 0,96 por cento.

A expectatativa é que as ações norte-americanas também abram em alta após atingirem máximas recordes depois da decisão do Fed na quarta-feira.

As chances de que as taxas de juros dos EUA possam permanecer baixas por mais tempo aumentaram ainda mais com a notícia da Casa Branca de que Janet Yellen está na frente na disputa para assumir o comando do Federal Reserve quando Ben Bernanke deixar o cargo em janeiro.

"O resumo é que o (Fed) queria mandar uma mensagem extremamente dovish, não apenas através do fato de evitar a redução, mas também com suas estimativas", escreveram analistas do Barclays.


"Nós revisamos nossa estimativa de primeiro aumento de juros de março para junho de 2015, e agora esperamos que os yields dos Treasuries de 10 anos dos EUA encerrem este ano a 2,85 por cento, ante 3,10 por cento anteriormente." Tudo isso foi um enorme alívio para os mercados emergentes, que sofriam à medida que os yields mais altos no mundo rico atraíam um capital estrangeiro tão necessário aos emergentes.

O principal índice acionário do mercado emergente saltava 2,29 por cento. A lira turca e a rupia indiana ganhavam mais de 2 por cento, enquanto o principal índice acionário indonésio subiu 4,65 por cento, o australiano avançou 1,10 por cento e o japonês Nikkei teve alta de 1,8 por cento.

A visão do mercado de que o provável momento da primeira alta nos juros dos EUA vai demorar mais, apostando em 2015, fez o dólar recuar de forma generalizada. O euro estava em alta, cotado a 1,3554 dólar, depois de já ter subido 1,2 por cento na quarta-feira, para o maior nível em quase oito meses.

Contra uma cesta de moedas, o dólar perdeu 1,1 por cento em menos de 24 horas, a maior parte no início do pregão, atingindo o menor nível desde fevereiro.

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