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Cyrela lidera baixas do pregão após resultados abaixo do esperado

Margens "desapontadoras" assustaram os investidores e as ações da empresa chegaram a cair 3,5% nesta sessão

Empreendimento da Cyrela: aumento dos custos com mão de obra pressionam margens e decepcionam investidores (.)
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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2010 às 19h54.

São Paulo –  O mergulho negativo nas margens brutas e líquidas da Cyrela Brazil Realty (CYRE3) no segundo trimestre parece ter desagradado os investidores da incorporadora, que foi destaque de queda nesta quinta-feira (12) na BM&FBovespa. Os resultados trimestrais da companhia, divulgados na noite de quarta-feira (11) após o pregão, levaram  os papéis ao campo negativo durante todo o dia de hoje.

Por volta das 16 horas, as ações chegaram à queda de 3,5%, cotadas a 21,81 reais. Os papéis fecharam o dia em baixa de 2,48%, e cotados a 22,04 reais. A companhia registrou um lucro líquido de 167,4 milhões de reais no período, 6,6% acima do mesmo intervalo em 2009. Mas dentre os números apresentados destacou-se a queda na margem líquida (lucro líquido/receita líquida), apresentadas em 13,9%, abaixo dos 17,9% conquistados no mesmo período do ano passado.

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Analistas apontam a alta de gastos com mão-de-obra como a causa do menor desempenho. "A principal razão da queda de rentabilidade foi a pressão de custo", diz o analista Armando Halfeld, da corretora Ativa. "O resultado da Cyrela demonstrou modesto crescimento de receita em comparação a outras empresas do setor", avalia em relatório.

Para o banco de investimentos Barclays, as margens são "desapontadoras". Na opinião do analista do Barclays Guilherme Vilazante, "não foi um trimestre bom" para a Cyrela. "Os números negativos vêm em um período em que o concorrentes mostraram desempenho surpreendentemente positivo".

Para Vilazante, o desempenho do terceiro trimestre será decisivo para reverter o impacto negativo do atual balanço trimestral. "As atenções serão estarão voltadas aos próximo resultados. Mas acreditamos que a companhia deve voltar aos trilhos rapidamente".

Mão-de-obra

A administração da companhia assumiu o descompasso de custos no período, mas garante que não alterará o guidance para o ano. "Atingimos 40% do guidance no primeiro semestre e aproveito para reafirmá-los e dizer que estamos confortáveis com esses números", disse o diretor-presidente Elie Horn em teleconferência aos investidores na manhã desta quinta-feira.

Só no custo da mão-de-obra nesse trimestre, o aumento real foi de 11%. Segundo a empresa, a demanda aquecida leva à contratação de funcionários mais inexperientes o que, por sua vez, gera atrasos nas obras.

Leia o relatório de resultados da Cyrela

Cyrela - segundo trimestre de 2010
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Veja entrevista com o diretor-presidente Elie Horn à Exame

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