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Credit Suisse reduz preço-alvo de Vale e recomenda a venda

Banco reduziu a estimativa para o preço-alvo da Vale de US$ 12,50 para US$ 11 por American Depositary Receipt

Mina de ferro da Vale: Credit Suisse reduziu a estimativa para o preço-alvo para US$ 11 por ADR (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 16h33.

São Paulo - O Credit Suisse reduziu a estimativa para o preço-alvo da Vale de US$ 12,50 para US$ 11 por American Depositary Receipt (ADR, recibo de ações negociado no mercado americano) e mudou a recomendação de manter (neutral) para vender (underperform, ou abaixo da média do mercado).

Dividendo deve cair 25%

O CS estima ainda que o dividendo mínimo da Vale será reduzido em 25% nos próximos anos, e se os preços do minério continuarem em baixa, o endividamento da mineradora vai piorar, atingindo duas vezes o Ebitda em 2015.

Segundo relatório enviado aos clientes e assinado por Ivano Westin, Renan Criscio e Santiago Perez Teuffer, apesar da queda expressiva das ações do setor de mineração, de 5% a 40% no ano, e da recente redução das estimativas de lucros de 2014 e 2015 pela Vale, os números projetados pelo mercado ainda refletem um cenário positivo demais para a mineradora brasileira, com o total cumprimento das metas de ampliação da produção de minério de ferro.

Revisão dos lucros

A empresa terá de ajustar para baixo os lucros do ano que vem, levando em conta a provável realidade de uma queda dos preços das commodities, fraca demanda de aço e menor custo global do minério disponível.

Esses pontos combinados podem derrubar os preços das commodities, no caso do minério de ferro, abaixo de US$ 70 a tonelada métrica ou até a um nível inferior a US$ 60 a tonelada.

Depois de alguns efeitos temporários, como o período de recomposição de estoques de minério de ferro, desvalorização do real, venda deativos em Nacala, redução de investimentos, o Credit Suisse espera que o mercado reduza a estimativa para o lucro da Vale nos próximos três anos pelo menos, e questione se as estimativas de preço de longo prazo são sustentáveis.

A desvalorização do real e do dólar australiano podem ajudar a reduzir o custo de capital das mineradoras e o ganho das empresas em moeda local, mas vão também contribuir para reduzir o custo do minério à vista.

Correção sem precedentes

O relatório observa que o mercado já entrou em um período sem precedentes de correção de mercado e o banco espera mais pressão na Vale nos próximos trimestres ou anos, já que as estimativas de lucros seguem muito otimistas.

A ação da mineradora deve ser negociada em valores abaixo dos seus fundamentos antes de atingir o piso.

O CS estima que a Vale vai ser negociada por um valor da companhia (enterprise value, valor de mercado mais dívida) equivalente a seis vezes sua geração livre de caixa (Lajida ou Ebtida) e por um preço equivalente a 13,3 vezes seu lucro por ação em 2015.

Pior cenário: ADR a US$ 5,8

As estimativas têm por base uma projeção de preço de minério de ferro em US$ 85 a tonelada em 2015, US$ 84 em 2016 e US$ 90 em 2017 e 2018. O banco diz que se o minério voltar a US$ 100 a tonelada poderá ser otimista com a ação da Vale.

Já se o preço do minério for para perto do que projetam os preços atuais, de US$ 75 a tonelada nos próximos três anos, o preço-alvo da Vale cairia para US$ 5,8 por ADR.

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Dividendo deve cair 25%

O CS estima ainda que o dividendo mínimo da Vale será reduzido em 25% nos próximos anos, e se os preços do minério continuarem em baixa, o endividamento da mineradora vai piorar, atingindo duas vezes o Ebitda em 2015.

Segundo relatório enviado aos clientes e assinado por Ivano Westin, Renan Criscio e Santiago Perez Teuffer, apesar da queda expressiva das ações do setor de mineração, de 5% a 40% no ano, e da recente redução das estimativas de lucros de 2014 e 2015 pela Vale, os números projetados pelo mercado ainda refletem um cenário positivo demais para a mineradora brasileira, com o total cumprimento das metas de ampliação da produção de minério de ferro.

Revisão dos lucros

A empresa terá de ajustar para baixo os lucros do ano que vem, levando em conta a provável realidade de uma queda dos preços das commodities, fraca demanda de aço e menor custo global do minério disponível.

Esses pontos combinados podem derrubar os preços das commodities, no caso do minério de ferro, abaixo de US$ 70 a tonelada métrica ou até a um nível inferior a US$ 60 a tonelada.

Depois de alguns efeitos temporários, como o período de recomposição de estoques de minério de ferro, desvalorização do real, venda deativos em Nacala, redução de investimentos, o Credit Suisse espera que o mercado reduza a estimativa para o lucro da Vale nos próximos três anos pelo menos, e questione se as estimativas de preço de longo prazo são sustentáveis.

A desvalorização do real e do dólar australiano podem ajudar a reduzir o custo de capital das mineradoras e o ganho das empresas em moeda local, mas vão também contribuir para reduzir o custo do minério à vista.

Correção sem precedentes

O relatório observa que o mercado já entrou em um período sem precedentes de correção de mercado e o banco espera mais pressão na Vale nos próximos trimestres ou anos, já que as estimativas de lucros seguem muito otimistas.

A ação da mineradora deve ser negociada em valores abaixo dos seus fundamentos antes de atingir o piso.

O CS estima que a Vale vai ser negociada por um valor da companhia (enterprise value, valor de mercado mais dívida) equivalente a seis vezes sua geração livre de caixa (Lajida ou Ebtida) e por um preço equivalente a 13,3 vezes seu lucro por ação em 2015.

Pior cenário: ADR a US$ 5,8

As estimativas têm por base uma projeção de preço de minério de ferro em US$ 85 a tonelada em 2015, US$ 84 em 2016 e US$ 90 em 2017 e 2018. O banco diz que se o minério voltar a US$ 100 a tonelada poderá ser otimista com a ação da Vale.

Já se o preço do minério for para perto do que projetam os preços atuais, de US$ 75 a tonelada nos próximos três anos, o preço-alvo da Vale cairia para US$ 5,8 por ADR.

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