Criptomoeda chilena foi de 1 peso a 2,2 mil pesos em três meses
Moeda digital batizada de Chaucha foi criada por um trio de engenheiros chilenos em outubro do ano passado
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Rita Azevedo
Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2018 às 10h45.
São Paulo -- No universo das criptomoedas, a que carrega o título de mais famosa é (sem dúvidas) a bitcoin. Só no ano passado, a moedinha valorizou mais de 1300%.
Não tão conhecida é primeira moeda chilena, batizada de chaucha, que começou a ser negociada em outubro do ano passado.
Chaucha pode ser traduzida como vagem. No Chile, a palavra também é usada para referenciar uma pequena quantidade de dinheiro -- algo como os nossos “trocadinhos”.
A chaucha digital nasceu das mãos dos engenheiros César Vasquez, Camilo Castro e Roberto Zamorano, que se debruçaram por três meses no código aberto de outra criptomoeda, a litecoin.
O objetivo inicial, segundo os criadores, era fazer um simples experimento. “A ideia era que pudéssemos compreender como se administra um projeto de criptomoedas e, assim, transmitir esse conhecimento a novos desenvolvedores no futuro”, disseram, em entrevista ao site Biobiochile.
A iniciativa acabou chamando a atenção dos chilenos. Em semanas, começaram a aparecer pessoas dispostas a mineirar a moeda ou, mesmo, a disponibilizar para a comunidade a capacidade de seus hardwares.
Com o aumento do interesse, o preço da moeda disparou, passando de1 peso para 2,2 mil pesos em três meses.
Pelo site do projeto, é possível ter mais informações sobre a mineração e sobre a compra das chauchas, que atualmente são comercializadas em duas corretoras locais. Até agora, 41 mil chauchas foram extraídas de um total de 123 milhões.