Companhias brasileiras perdem 46% do valor em 4 anos
Ibovespa cai 55% em dólar, segundo a consultoria Economatica
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 15h41.
São Paulo - Nos últimos quatro anos, o valor de mercado das empresas brasileiras de capital aberto caiu 46,09% em dólar, ante uma queda de 31,41% das companhias da América Latina no mesmo período, segundo dados da consultoria Economatica. Parte dessa queda reflete também a desvalorização do real e de outras moedas, já que os valores são calculados em dólar. Mas boa parte também é reflexo da estabilidade ou queda dos preços das ações brasileiras em termos nominais ou reais, ou seja, se comparados à inflação.
Ibovespa, menos 55% em dólar
Como referência, o Índice Bovespa, que reúne os papéis mais negociados no mercado brasileiro, caiu 27,64% em quatro anos, passando de 69.301 pontos em dezembro de 2010 para 50.144 na sexta-feira. Em dólares, a queda é maior ainda, de 55%. Este ano, o referencial do mercado brasileiro deve fechar em queda em reais pelo segundo ao consecutivo, acumulando 8,3% de perda até sexta-feira. No ano passado, o índice recuou 15,4%. Em 2012, subiu 7,4%, pouco acima da inflação, e em 2011, caiu 18,1%.
Valor dos grupos brasileiros
Em 31 de dezembro de 2010, o valor dos grupos brasileiros correspondia a US$ 1,46 trilhão, contra os US$ 790,8 bilhões registrados no último dia 26, uma baixa de US$ 676,1 bilhões.
Na comparação com empresas dos Estados Unidos, no fim de 2010, o valor de mercado das empresas do Brasil era próximo ao de seis companhias americanas, algo em torno de US$ 1,48 trilhão. Em 26 de dezembro deste ano, o valor de mercado das empresas brasileiras é equivalente ao valor de mercado de duas empresas dos EUA (Apple e Philips Morris), que juntas valem US$ 797,9 bilhões.
Veja o valor de mercado das empresas brasileiras x empresas dos EUA:
| 31/12/2010 | Em bilhões (US$) | 26/12/2014 | Variação |
|---|---|---|---|
| Brasil | 1.467,0 | 790,8 | -676,1 |
| Exxon Mobil | 368,7 | Apple | 668,5 |
| Apple | 295,9 | Philip Morris | 129,4 |
| Microsoft Corp | 238,8 | ||
| Berkshire Hathaway | 198,3 | ||
| General Electric | 194,9 | ||
| Wal Mart Stores | 192,1 | ||
| Total | 1.488,7 | Total | 797,9 |
América Latina
Na contramão, o segundo mercado mais importante da região, o México, valia US$ 510,9 bilhões em 2010, contra US$ 542 bilhões este ano. As empresas mexicanas continuaram equivalentes ao valor de mercado de duas empresas dos EUA.
No Chile, a queda foi de 32,97% do seu valor de mercado. Entre 2010 e 2014, as empresas chilenas deixaram de valer duas empresas americanas para apenas uma companhia. Colômbia, Argentina e Peru também tiveram seu valor de mercado equivalente a uma empresa dos EUA.
- 1. No próximo ano
1 /22(REUTERS/Edgar Su)
São Paulo - Para muitos investidores, o ano de 2014 não deixará saudades. O Ibovespa , principal índice da Bovespa , caminha para fechar em queda de 3%. Mas nem tudo está perdido. Pensando em 2015, o analista Lenon Borges, da Ativa Investimentos, a pedido da Exame.com, fez um levantamento de quais empresas podem dar o maior retorno com dividendos no próximo ano. Veja nas fotos.
2 /22(Adriano Machado/Bloomberg)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 15,8254% |
3 /22(Wikimedia Commons)
| Setor | Varejo |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 15,36765% |
4 /22(EXAME.com)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 14,44873% |
5 /22(Divulgação)
| Setor | Financeiro |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 11,42105% |
6 /22(.)
| Setor | Construção |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 11,24668% |
7 /22(Dado Galdieri/Bloomberg)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 11,19339% |
8 /22(Marcos Issa/Bloomberg News)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 11,08327% |
9 /22(Divulgação)
| Setor | Construção |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 10,53039% |
10 /22(Divulgação)
| Setor | Mineração |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 10,49616% |
11 /22(Dado Galdieri/Bloomberg)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 10,12848% |
12 /22(BM&FBovespa/ Divulgação)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 8,744186% |
13 /22(Reprodução)
| Setor | Financeiro |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 8,374384% |
14 /22(Divulgação)
| Setor | Construção |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 8,243243% |
15 /22(Divulgação)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 8,046958% |
16 /22(Divulgação)
| Setor | Energia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,742436% |
17 /22(.)
| Setor | Construção |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,736573% |
18 /22(.)
| Setor | Imobiliário |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,695313% |
19 /22(Divulgação/Facebook)
| Setor | Construção |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,680891% |
20 /22(Tânia Rêgo/Agência Brasil)
| Setor | Petróleo |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,665406% |
21 /22(Divulgação)
| Setor | Metalurgia |
|---|---|
| Retorno em dividendos (yield) | 7,459539% |
22 /22(Mistvan/ Wikimedia Commons)
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