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Com baixa do petróleo, preço justo da Petrobras cai

Estimativas do Itaú Unibanco calculam que, com o barril a US$ 100, a ação da estatal teria um preço justo máximo de R$ 33 em 2015

Operador da Petrobras: com o barril a R$ 90, o preço máximo cairia para R$ 23,70 (Rich Press/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 17h33.

São Paulo - Devido às quedas de preços do petróleo registradas nesta semana, que levaram o barril do tipo brent, negociado em Londres, para menos de US$ 90, os papéis da Petrobras devem perder força, segundo analistas do ItaúUnibanco e do Citibank.

Estimativas do Itaú Unibanco calculam que, com o barril a US$ 100, a ação da estatal teria um preço justo máximo de R$ 33 em 2015, considerando ganhos de R$ 33,5 bilhões no ano que vem e um câmbio de R$ 2,45.

Já com o barril a R$ 90, o preço máximo cairia para R$ 23,70. Os cálculos são da analista Julia Moraes.

Em outro relatório, da corretora do Citibank, a empresa também deverá ter dificuldades em alcançar a meta de despesas anuais de exploração e produção calculada por sua diretoria para o período entre 2015 e 2018, algo em torno de US$ 28 bilhões.

Portanto, a corretora sugere que os atuais preços do petróleo podem significar cortes de despesas e investimentos e um futuro programa mais amplo de venda de ativos na petroleira.

Além disso, o Citibank ressalta que a tendência negativa do petróleo não deve encorajar um ajuste de preços imediato da companhia após as eleições presidenciais.

E se os preços do barril não se recuperarem, o governo pode optar por não reajustar os combustíveis localmente, o que levaria a uma revisão das estimativas para os resultados da Petrobras.

O texto aponta que, qualquer que seja o governo eleito, ele poderá criar um mecanismo de correção dos preços internos para deixa-los alinhados aos do mercado internacional, evitando prejuízos como os vistos nos últimos anos pela Petrobras ao vender óleo e diesel mais barato do que pagava no exterior.

Segundo o Citi, os valores cobrados hoje no Brasil já estão próximos da paridade, com o diesel necessitando de um ajuste de apenas 3,5% enquanto a gasolina tem até um pequeno prêmio sobre os preços internacionais, depois das quedas do petróleo.

Por isso, o governo pode optar pela permanência dos preços, limitando os ganhos esperados pelos acionistas ligados ao aumento do preço da gasolina. O Citibank trabalhava com um reajuste de 5% no fim deste ano e mais 10% em 2015.

O Citi estima que o valor da Petrobras em relação ao seu lucro, a chamada relação preço/lucro (P/L), que dá uma ideia do tempo de retorno do investidor, subiria de 10 vezes para 13 vezes em 2016, bem acima da média dos concorrentes internacionais.

O documento do Citi é assinado por Renata Coutinho e Luis Felipe Bresaola.

Às 15h45, o barril (brent) registrava queda de 3%, sendo vendido a US$ 86,16.

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São Paulo - Devido às quedas de preços do petróleo registradas nesta semana, que levaram o barril do tipo brent, negociado em Londres, para menos de US$ 90, os papéis da Petrobras devem perder força, segundo analistas do ItaúUnibanco e do Citibank.

Estimativas do Itaú Unibanco calculam que, com o barril a US$ 100, a ação da estatal teria um preço justo máximo de R$ 33 em 2015, considerando ganhos de R$ 33,5 bilhões no ano que vem e um câmbio de R$ 2,45.

Já com o barril a R$ 90, o preço máximo cairia para R$ 23,70. Os cálculos são da analista Julia Moraes.

Em outro relatório, da corretora do Citibank, a empresa também deverá ter dificuldades em alcançar a meta de despesas anuais de exploração e produção calculada por sua diretoria para o período entre 2015 e 2018, algo em torno de US$ 28 bilhões.

Portanto, a corretora sugere que os atuais preços do petróleo podem significar cortes de despesas e investimentos e um futuro programa mais amplo de venda de ativos na petroleira.

Além disso, o Citibank ressalta que a tendência negativa do petróleo não deve encorajar um ajuste de preços imediato da companhia após as eleições presidenciais.

E se os preços do barril não se recuperarem, o governo pode optar por não reajustar os combustíveis localmente, o que levaria a uma revisão das estimativas para os resultados da Petrobras.

O texto aponta que, qualquer que seja o governo eleito, ele poderá criar um mecanismo de correção dos preços internos para deixa-los alinhados aos do mercado internacional, evitando prejuízos como os vistos nos últimos anos pela Petrobras ao vender óleo e diesel mais barato do que pagava no exterior.

Segundo o Citi, os valores cobrados hoje no Brasil já estão próximos da paridade, com o diesel necessitando de um ajuste de apenas 3,5% enquanto a gasolina tem até um pequeno prêmio sobre os preços internacionais, depois das quedas do petróleo.

Por isso, o governo pode optar pela permanência dos preços, limitando os ganhos esperados pelos acionistas ligados ao aumento do preço da gasolina. O Citibank trabalhava com um reajuste de 5% no fim deste ano e mais 10% em 2015.

O Citi estima que o valor da Petrobras em relação ao seu lucro, a chamada relação preço/lucro (P/L), que dá uma ideia do tempo de retorno do investidor, subiria de 10 vezes para 13 vezes em 2016, bem acima da média dos concorrentes internacionais.

O documento do Citi é assinado por Renata Coutinho e Luis Felipe Bresaola.

Às 15h45, o barril (brent) registrava queda de 3%, sendo vendido a US$ 86,16.

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