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Cobre recua com dado da China e receio com Europa

Entre os metais preciosos, o ouro caiu 1,19%, para US$ 1.169,20 por onça-troy, após ter atingido o maior preço em cinco meses

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Os preços dos contratos futuros do cobre e dos demais metais básicos fecharam em queda acentuada, sucumbindo a novos receios com a questão dos déficits orçamentários europeus, fator que pesou sobre o euro e consequentemente sobre as commodities, provocando uma onda de realização de lucros e forçando alguns investidores com posições compradas a saírem do mercado para evitar mais prejuízos.

A sessão de hoje também foi a primeira oportunidade para o mercado londrino - que não funcionou ontem devido a um feriado - reagir à notícia de que a China decidiu elevar a taxa do compulsório bancário pela terceira vez neste ano. Na segunda-feira, a medida foi o fator que motivou o declínio nos preços do cobre em Nova York por gerar expectativas de que a demanda chinesa por metais básicos seria afetada.

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Hoje, essa perspectiva foi fortalecida após um índice de atividade industrial da China registrar em abril o menor nível dos últimos seis meses, embora tenha apontado também que a atividade do setor ainda está em expansão.

"O cobre está sofrendo bastante porque o grande comprador dos últimos 12 meses não está no mercado", disse um operador de uma corretora em Londres, referindo-se à China. Ele acrescentou que os metais devem passar por mais um período de liquidação de posições compradas se o euro continuar perdendo força.

No horário de fechamento dos mercados de metais, o euro recuava para US$ 1,3018, de US$ 1,3191 na segunda-feira. Autoridades da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram recentemente em fornecer uma ajuda no valor de € 110 bilhões para a Grécia. A notícia, no entanto, foi ofuscada por dúvidas sobre a capacidade do governo grego para implementar as medidas de austeridade fiscal que serão exigidas pelo pacote e isso pesou sobre a moeda europeia.


Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde da London Metal Exchange (LME), o contrato do cobre para três meses caiu US$ 404,00, ou 5,43%, para US$ 7.025,00 por tonelada. O metal rompeu o preço médio de negociação das últimas 100 sessões, de US$ 7.325,00 por tonelada, mas conseguiu encerrar o pregão acima do próximo nível técnico de suporte, de US$ 7.000,00 por tonelada.

"O cobre está tecnicamente fraco, o dólar está forte e até mesmo o mais efusivo otimista não pode encontrar um motivo para apostar no avanço dos preços", disse um operador em Londres.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o preço do contrato do cobre para julho recuou US$ 0,1150, ou 3,49%, para US$ 3,1785 por libra-peso, com mínima de US$ 3,1720 e máxima de US$ 3,3280 ao longo da sessão.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o contrato do chumbo para três meses fechou em queda de US$ 169,50, a US$ 2.060,00 por tonelada, enquanto o contrato do zinco caiu US$ 138,00, para US$ 2.146,00 por tonelada. O contrato do alumínio recuou US$ 92,00, para US$ 2.162,00 por tonelada, enquanto o contrato do níquel perdeu US$ 1.650,00, para US$ 24.650,00 por tonelada. O contrato do estanho fechou em baixa de US$ 405,00, a US$ 17.845,00 por tonelada.

Entre os metais preciosos, o contrato do ouro para junho negociado na Comex caiu US$ 14,10, ou 1,19%, para US$ 1.169,20 por onça-troy, com máxima de US$ 1.192,80 - maior preço em cinco meses - e mínima de US$ 1.166,90 durante a sessão, pressionado pela apreciação do dólar em relação a outras moedas fortes. "Quando o dólar realmente ganha força e quando a liquidação de ativos é provocada por uma aversão generalizada ao risco, então o ouro não fica imune a esses declínios", disse Jon Nadler, analista da operadora Kitco Metals. As informações são da Dow Jones.


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