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Citi vê Bovespa entre 65 mil com Aécio e 45 mil com Dilma

Analistas do banco preveem dois cenários diferentes para a bolsa depois da eleição presidencial de outubro


	Bovespa: Citi diz que os problemas mais sérios estão relacionados, na verdade, “com os fundamentos econômicos” do país
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Bovespa: Citi diz que os problemas mais sérios estão relacionados, na verdade, “com os fundamentos econômicos” do país (Yasuyoshi Chiba/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h18.

São Paulo - Dois cenários bem diferentes para a bolsa brasileira foram traçados por analistas do Citibank para depois da eleição presidencial de outubro.

Em relatório enviado a clientes, o banco avalia que a tendência do Índice Bovespa é ir para a casa dos 45 mil pontos no ano que vem, caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja reeleita.

No caso de uma vitória de Aécio Neves (PSDB), a próxima parada do Ibovespa deve ser os 65 mil pontos. Para o fim deste ano, a previsão é que o índice chegue aos 55 mil pontos.

Em uma análise inicial, o Citi afirma que as empresas de capital aberto do Brasil estão bem avaliadas e os balanços, aos poucos, têm apresentado melhoras.

Os problemas mais sérios estão relacionados, na verdade, “com os fundamentos econômicos” do país.

Segundo os analistas, atualmente, os principais obstáculos para o mercado de ações do país têm sido uma inflação resistente, a queda no consumo interno, o desaquecimento do crescimento do crédito ligado ao consumo e o clima de hesitação no cenário corporativo no que se refere a investimentos.

Além desses entraves, o Citi destaca também que 2015 será necessariamente um ano de “fortes ajustes”, o que poderá trazer “ventos contrários” ao mercado local.

Entre os ajustes apontados pelo banco, está a “necessária alta dos preços administrados”, como o dos combustíveis e o da energia elétrica, cujos reajustes foram congelados pelo governo, numa tentativa de segurar a crescente pressão inflacionária.

Há ainda o agravante das condições climáticas, já que a escassez de chuvas pressionaria os preços de energia elétrica, por causa do desequilíbrio entre oferta e demanda.

O problema, segundo o relatório, é que os reajustes trarão mais pressões, obrigando o Banco Central (BC) a subir mais a taxa básica de juros.

Os analistas estimam que a Selic chegará perto de 13% no fim do ano que vem. Outro ajuste importante diz respeito ao superávit primário, que “deveria aumentar para 2% do PIB, para ajudar a reduzir a dívida pública bruta”, segundo o Citi.

Apesar do peso que esses ajustes devem ter na economia e no mercado financeiro, o Citi destaca que o crescente descontentamento com o atual governo, sobretudo com a condução da política anti-inflacionária, é um sinal de que a mudança de governo poderia implicar, em um cenário otimista, na alta do Ibovespa para perto de 65 mil pontos.

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