Mercados

Choques da China sobre mercados globais aumentarão, diz FMI

O FMI informou que os acontecimentos nos mercados emergentes respondem agora por um terço a 40% da variação entre os retornos do mercado acionário


	China: as desacelerações do crescimento econômico e da produção industrial da China reverberaram por todos os mercados financeiros globais
 (AFP)

China: as desacelerações do crescimento econômico e da produção industrial da China reverberaram por todos os mercados financeiros globais (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 15h08.

Washington - Os efeitos dos choques econômicos da China sobre os mercados globais vão aumentar nos próximos anos conforme crescem a influência financeira do país e o uso do iuan como moeda de financiamento, afirmou nesta segunda-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em um trecho de seu Relatório Global de Estabilidade Financeira, o FMI informou que os acontecimentos nos mercados emergentes respondem agora por um terço a 40 por cento da variação entre os retornos do mercado acionário e as flutuações cambiais em todo o mundo.

As desacelerações do crescimento econômico e da produção industrial da China reverberaram por todos os mercados financeiros globais no ano passado, provocando queda dos preços de ações e de commodities tanto nos mercados emergentes quanto nas economias avançadas.

O FMI apontou que os mercados se tornaram extremamente sensíveis aos sinais econômicos provenientes da China e que as autoridades do país não podem enviar mensagens mistas.

"Conforme o papel da China no sistema financeiro global cresce, uma comunicação clara e oportuna de suas decisões, transaparência sobre suas metas e estratégias consistentes em alcançá-las será cada vez mais importante para evitar reações voláteis do mercado com maiores reverberações", informou o FMI em trechos do relatório divulgado nesta segunda-feira.

Os mercados serão cada vez mais influenciados pelo elevado tamanho da economia da China, mais relações financeiras como a listagem de empresas chinesas em mercados internacionais e o crescimento do uso do iuan em transações internacionais.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaFMIPaíses emergentes

Mais de Mercados

Dólar para baixo e PIB para cima: por que o Itaú está mais otimista com a economia brasileira

Maior que a Petrobras, Mercado Livre bate novo recorde em valor de mercado

Weg compra fabricante de motores elétricos na Turquia por US$ 88 milhões

BCE corta taxa de juros em 0,25 p.p. e revisa projeção de crescimento da Europa para baixo