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China complica blue chips e freia desempenho da Bovespa

Preço do minério de ferro tem tirado o sono dos investidores que apostam em siderúrgicas e mineradoras

Morgan Stanley reduziu sua previsão para o preço do minério neste ano, de 118 dólares para 105 dólares (Beawiharta/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 13 de junho de 2014 às 16h12.

São Paulo – Um olho no Ibovespa e outro na China . Esta tem sido a rotina do investidor desde que a segunda maior economia do mundo começou a mostrar desaceleração de seu ritmo de crescimento.

Nos últimos meses, as reformas da economia chinesa têm gerado dúvidas e certa volatilidade na Bovespa . A China está promovendo uma grande reforma de sua economia, focando no desenvolvimento de seu consumo doméstico.

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“Por aqui, o mercado sofre com a decisão do governo chinês de frear os investimentos em commodities. É uma mudança estrutural de crescimento. O governo está focado no consumo e não mais nas commodities”, explica o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.

O preço do minério de ferro na China tem tirado o sono dos investidores que apostam em siderúrgicas e mineradoras, caindo nesta semana para o menor nível em 21 meses, aos 90,90 dólares. No ano, o preço da commodity despencou 32%, em meio ao aumento da oferta pelas mineradoras, segundo dados da Bloomberg.

O banco americano Morgan Stanley reduziu sua previsão para o preço do minério neste ano, de 118 dólares para 105 dólares.

As ações da Vale estão entre as que mais refletem o fluxo de notícias da China, sua principal cliente. Os papéis preferenciais classe A acumulam uma desvalorização de 17% em 2014.

“A Vale tem um peso de quase 9% no Ibovespa. Ao cair, ela puxa o Ibovespa para baixo”, lembra o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia.

Outras empresas de importante representatividade no índice também têm sido impactadas por preocupações com China.

As ações da CSN (CSNA3) e da Usiminas (USIM5) registram desvalorizações de 33% e 44%, respectivamente no acumulado de 2014.

No mesmo período, o Ibovespa registra uma valorização de 6%.

O desempenho do principal índice da bolsa brasileira poderia ser melhor, não fosse a pressão negativa exercida por siderúrgicas e mineradoras neste ano.

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