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Chance de ataque à Síria diminui e petróleo recua

A princípio, a Síria concordou com uma proposta da Rússia para que as armas químicas sejam colocadas sob supervisão internacional


	Nymex:  às 7h49, o contrato negociado na Nymex recuava 0,82%
 (Divulgação)

Nymex:  às 7h49, o contrato negociado na Nymex recuava 0,82% (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 08h46.

Londres - Os contratos de petróleo operam em baixa, enquanto o prêmio de risco associado a um possível ataque dos Estados Unidos à Síria diminui. A princípio, a Síria concordou com uma proposta da Rússia para que as armas químicas do governo de Bashar Assad sejam colocadas sob supervisão internacional. Com isso, o debate no Senado dos EUA sobre o tema sofreu uma pausa e a votação para autorizar o ataque ficou para esta a quarta-feira, 11.

Diante da remoção de parte dos temores relacionados à Síria, as atenções agora se voltam para a situação da Líbia. O relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que deve ser divulgado nesta terça-feira, 10, será analisado em busca de indicações sobre a produção e a exportação do país norte-africano. Acredita-se que a produção líbia foi reduzida a uma fração dos níveis normais por causa do fechamento de muitos portos por homens armados no mês passado.

Os preços do petróleo podem cair ainda mais se houver um acordo diplomático para a crise da Síria e se a produção da Líbia se normalizar, afirmou Olivier Jakob, da consultoria Petromatrix. Jakob destacou outros potenciais fatores negativos para o petróleo: a reunião do Federal Reserve na próxima semana, o pronunciamento do novo presidente do Irã na assembleia da ONU e a reunião entre o Irã e a União Europeia para determinar o cronograma da nova rodada de negociações entre o governo iraniano e países do grupo chamado P5+1.

Informações recentes da IntercontinentalExchange (ICE) e da Nymex mostram que as posições longas líquidas - apostas em um aumento dos preços - com dinheiro especulativo permanecem perto de níveis recordes. Isso embute um risco de mais correção, embora limitada, segundo analistas do JBC Markets.

O preço do brent caiu mais de US$ 3 por barril desde sexta-feira, quando se aproximou das máximas em seis meses, e agora já perdeu metade dos ganhos obtidos desde 27 de agosto - no começo das tensões com a Síria. Às 7h49 (de Brasília), o brent para outubro caía 0,30% na ICE, para US$ 113,38 por barril, enquanto o contrato negociado na Nymex recuava 0,82%, para US$ 108,62 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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