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Empresas podem ser rebaixadas novamente, diz Fitch

De acordo com agência, apenas 19% dos emissores tem uma capacidade forte para suportar os desafios de 2016 sem uma piora significativo em seus perfis de crédito

Fitch: de acordo com agência, apenas 19% dos emissores tem uma capacidade forte para suportar os desafios de 2016 sem uma piora significativo em seus perfis de crédito (Matt Lloyd/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 13h49.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou nesta segunda-feira que questões econômicas, fiscais e políticas, junto com a trajetória de queda nos preços das commodities, levarão ratings corporativos do Brasil para o grau especulativo neste ano.

A informação consta de um relatório da Fitch, intitulado "Brazilian Corporate Credit Indicators - Carnival Provides Relief from Misery".

"O fluxo de caixa das operações deve recuar a níveis não vistos na última década", disse Debora Jalles, diretora da Fitch, em comunicado da agência. Segundo ela, a queda na demanda, o aumento do desemprego, a persistente alta inflação e as taxas de juros, os preços fracos das commodities, a volatilidade cambial e o aperto nos mercados de crédito se somaram "para criar uma tempestade perfeita", em meio à qual as empresas brasileiras se veem.

De acordo com a Fitch, apenas 19% dos emissores tem uma capacidade forte para suportar os desafios de 2016 sem uma piora significativo em seus perfis de crédito.

A previsão é que os rebaixamentos superem as elevações de rating em uma proporção de 10 para 1 neste ano entre as empresas do país, comparado com uma proporção de 4,4 para 1 em 2015, de 2,8 para 1 em 2014 e de 0,5 para 1 no período entre 2004 e 2013.

A Fitch diz que 53% de seu portfólio corporativo brasileiro tem perspectiva negativa. Por outro lado, apenas 6% dele tem perspectiva positiva.

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"O fluxo de caixa das operações deve recuar a níveis não vistos na última década", disse Debora Jalles, diretora da Fitch, em comunicado da agência. Segundo ela, a queda na demanda, o aumento do desemprego, a persistente alta inflação e as taxas de juros, os preços fracos das commodities, a volatilidade cambial e o aperto nos mercados de crédito se somaram "para criar uma tempestade perfeita", em meio à qual as empresas brasileiras se veem.

De acordo com a Fitch, apenas 19% dos emissores tem uma capacidade forte para suportar os desafios de 2016 sem uma piora significativo em seus perfis de crédito.

A previsão é que os rebaixamentos superem as elevações de rating em uma proporção de 10 para 1 neste ano entre as empresas do país, comparado com uma proporção de 4,4 para 1 em 2015, de 2,8 para 1 em 2014 e de 0,5 para 1 no período entre 2004 e 2013.

A Fitch diz que 53% de seu portfólio corporativo brasileiro tem perspectiva negativa. Por outro lado, apenas 6% dele tem perspectiva positiva.

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