Cenário econômico deve beneficiar ações da Braskem, diz BB Investimentos
Analista eleva o preço-alvo das ações da petroquímica e cita o cenário econômico como favorável aos negócios da companhia
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2011 às 11h08.
São Paulo – O BB Investimentos revisou na noite de quinta-feira (17) suas estimativas para a Braskem, elevando o preço-alvo para as ações da companhia após incorporar os últimos dados operacionais e financeiros apresentados pela empresa, referentes ao último trimestre de 2010, além do atual cenário macroeconômico.
Em relatório enviado aos clientes, o analista Nelson Rodrigues de Matos diz que também levou em consideração em sua análise a expansão da capacidade produtiva de 200 mil toneladas ao ano de PVC em Alagoas, além da aprovação pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) da aquisição dos ativos da Quattor.
O novo preço-alvo estabelecido para as ações preferenciais de classe B (BRKM5) é de 26,50 reais para 31 de dezembro de 2011, o que representa um potencial de valorização de 30% em comparação ao fechamento dos papéis da companhia na última quarta-feira (16), quando terminaram o dia cotados a 20,38 reais cada. A recomendação é de compra.
Perspectivas
O analista do BB Investimentos afirma que o setor petroquímico “está intimamente relacionado com o crescimento econômico, uma vez que o consumo dos seus produtos depende em grande medida das condições em que se encontram as outras áreas da economia”.
Para ele, as expectativas positivas quanto à recuperação econômica mundial, especialmente por conta do desempenho da China, Índia e Brasil, devem beneficiar a Braskem. Matos alerta, no entanto, que o grande risco para o setor petroquímico continua sendo as cotações do petróleo.
“No momento, o mercado está acompanhando os efeitos da recuperação econômica na demanda mundial do óleo, os impactos do enfraquecimento do dólar nas cotações, bem como o comportamento dos estoques mundiais do produto”, afirma.
As tensões que envolvem os países árabes produtores de petróleo e a crise nuclear no Japão, caso sofram algum agravamento, poderão provocar forte volatilidade nos mercados, impactando o preço do petróleo, estima Matos.