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CÂMBIO-Exterior dita alta do dólar, mas ingressos contrabalançam

Por José de Castro SÃO PAULO, 15 de dezembro (Reuters) - O dólar terminou em alta frente ao real nesta quarta-feira, acompanhando a oscilação da moeda no exterior em meio a preocupações com a situação fiscal de países europeus. O avanço da cotação, contudo, foi limitado por ingressos pontuais ao longo do dia, com investidores […]

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 15h54.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 15 de dezembro (Reuters) - O dólar terminou em
alta frente ao real nesta quarta-feira, acompanhando a
oscilação da moeda no exterior em meio a preocupações com a
situação fiscal de países europeus.

O avanço da cotação, contudo, foi limitado por ingressos
pontuais ao longo do dia, com investidores estrangeiros
atraídos pelos elevados rendimentos em aplicações no mercado
local.

A divisa norte-americana subiu 0,35 por cento, a
1,701 real na venda. Contra uma cesta de moedas , o dólar
ganhava 0,9 por cento no final da tarde, amparado pela queda do
euro .

"A nossa taxa de juros é bem alta, e isso atrai dólares.
Mas, de qualquer forma, não dá para ignorar a alta do dólar no
exterior. O mercado ainda está muito atento aos problemas na
Europa e isso deve manter alguma cautela", disse Mario
Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

A Selic está atualmente em 10,75 por cento ao ano.

Veja também

O euro caía quase 1 por cento contra a moeda
norte-americana, e o principal índice das ações europeias
terminou em baixa, pressionados pelo nervosismo do
mercado após a agência de classificação de risco Moody's
ameaçar rebaixar a nota de crédito soberano da Espanha.

Para o operador de uma corretora em São Paulo, que pediu
anonimato, o dólar deve continuar mostrando pequenas oscilações
nos próximos dias, conforme boa parte dos players começam a se
ausentar do mercado por conta das festas de final de ano.

Pouco após o fechamento dos negócios locais, a clearing
(câmara de compensação) de câmbio da BM&FBovespa mostrava pouco
mais de 2,8 bilhões de dólares em operações, em linha com a
média deste mês até agora.

Aloisio Teles, economista do Nomura Securities, acredita
que no curto prazo a cotação deve continuar numa estreita faixa
de oscilação, diante da possibilidade de o governo interferir
no mercado de câmbio para conter valorizações excessivas do
real.

"Continuo vendo a moeda oscilar, ao menos por enquanto,
numa reduzida faixa de variação, e o nível entre 1,68 real e
1,74 real parece ser esse intervalo", escreveu em nota.

(Edição de Nathália Ferreira)

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