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CÂMBIO-Dólar testa governo e ameaça patamar de R$1,70

SÃO PAULO, 29 de setembro (Reuters) - O mercado testava a disposição do governo em intervir com mais força no câmbio, colocando o dólar brevemente abaixo de 1,70 real nesta quarta-feira em meio à desvalorização global da moeda norte-americana. Às 10h15, o dólar caía 0,35 por cento, a 1,704 real. No começo do dia, a […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2010 às 07h20.

SÃO PAULO, 29 de setembro (Reuters) - O mercado testava a
disposição do governo em intervir com mais força no câmbio,
colocando o dólar brevemente abaixo de 1,70 real nesta
quarta-feira em meio à desvalorização global da moeda
norte-americana.

Às 10h15, o dólar caía 0,35 por cento, a 1,704
real.

No começo do dia, a moeda chegou a ser cotada abaixo de
1,70 real pela primeira vez desde dezembro do ano passado
, mas nenhum negócio foi registrado na clearing (câmara
de compensação) da BM&FBovespa em patamar inferior a esse.

A queda do dólar no Brasil acompanha a tendência do mercado
internacional, em que a moeda norte-americana tem sofrido com a
perspectiva de que o Federal Reserve tome mais medidas para
aumentar a oferta de dinheiro e, consequentemente, estimular a
economia dos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, o euro superava 1,36 dólar pela
primeira vez em cinco meses e moedas de perfil semelhante ao
real subiam, como o dólar australiano que se valorizava
em torno de 0,4 por cento.

O mercado coloca pressão sobre o governo, que tem
conseguido há semanas manter a moeda norte-americana acima de
1,70 real somente com compras de dólares no mercado à vista e
ameaças de uma intervenção mais dura.

"O mercado definitivamente está testando os suportes, mesmo
que eles sejam psicológicos. Bateram forte, de 1,705 até 1,700
real, e agora estão brigando nesse nível", disse Jorge Knauer,
diretor de câmbio do banco Prosper.

Na terça, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, manteve em aberto a possibilidade de que o governo
volte a adotar medidas fiscais para conter a entrada de
capitais no país. Mais tarde, porém, o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, negou que haja alguma mudança de IOF prevista
neste momento.

"Não está prevista nenhuma alteração (de IOF) neste
momento. Depois das eleições não sei", disse Mantega a
jornalistas, quando questionado sobre o tema [ID:nN28125550].

Para o economista de uma corretora em São Paulo, que
preferiu não ser identificado, "o governo está cometendo um
equívoco".

"Quando fala que é possível aplicar medidas como o IOF, o
que ele faz de certa forma é precipitar as entradas (de
dólares). Porque se alguém tem intenção de entrar, apressa."

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)

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SÃO PAULO, 29 de setembro (Reuters) - O mercado testava a
disposição do governo em intervir com mais força no câmbio,
colocando o dólar brevemente abaixo de 1,70 real nesta
quarta-feira em meio à desvalorização global da moeda
norte-americana.

Às 10h15, o dólar caía 0,35 por cento, a 1,704
real.

No começo do dia, a moeda chegou a ser cotada abaixo de
1,70 real pela primeira vez desde dezembro do ano passado
, mas nenhum negócio foi registrado na clearing (câmara
de compensação) da BM&FBovespa em patamar inferior a esse.

A queda do dólar no Brasil acompanha a tendência do mercado
internacional, em que a moeda norte-americana tem sofrido com a
perspectiva de que o Federal Reserve tome mais medidas para
aumentar a oferta de dinheiro e, consequentemente, estimular a
economia dos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, o euro superava 1,36 dólar pela
primeira vez em cinco meses e moedas de perfil semelhante ao
real subiam, como o dólar australiano que se valorizava
em torno de 0,4 por cento.

O mercado coloca pressão sobre o governo, que tem
conseguido há semanas manter a moeda norte-americana acima de
1,70 real somente com compras de dólares no mercado à vista e
ameaças de uma intervenção mais dura.

"O mercado definitivamente está testando os suportes, mesmo
que eles sejam psicológicos. Bateram forte, de 1,705 até 1,700
real, e agora estão brigando nesse nível", disse Jorge Knauer,
diretor de câmbio do banco Prosper.

Na terça, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, manteve em aberto a possibilidade de que o governo
volte a adotar medidas fiscais para conter a entrada de
capitais no país. Mais tarde, porém, o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, negou que haja alguma mudança de IOF prevista
neste momento.

"Não está prevista nenhuma alteração (de IOF) neste
momento. Depois das eleições não sei", disse Mantega a
jornalistas, quando questionado sobre o tema [ID:nN28125550].

Para o economista de uma corretora em São Paulo, que
preferiu não ser identificado, "o governo está cometendo um
equívoco".

"Quando fala que é possível aplicar medidas como o IOF, o
que ele faz de certa forma é precipitar as entradas (de
dólares). Porque se alguém tem intenção de entrar, apressa."

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Daniela Machado)

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