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CÂMBIO-Dólar tem alta com mercado atento à intervenção do BC

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - O dólar fechou praticamente estável nesta segunda-feira, com o mercado atento à postura do governo após mais um sinal de disposição para intervir contra a valorização do câmbio. A moeda norte-americana terminou o dia a 1,688 real, com alta de 0,12 por cento. No Diário […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 15h41.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - O dólar fechou
praticamente estável nesta segunda-feira, com o mercado atento
à postura do governo após mais um sinal de disposição para
intervir contra a valorização do câmbio.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,688 real,
com alta de 0,12 por cento.

No Diário Oficial desta segunda-feira, o governo publicou
uma resolução que autoriza o Fundo Soberano a realizar
operações com derivativos cambiais. A medida foi vista por
especialistas como um passo prévio para possíveis leilões de
swap cambial reverso, nos quais o governo compraria dólares no
mercado futuro.

Mais cedo, em entrevista ao jornal britânico Financial
Times, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia dito que
as pessoas podem esperar "mais medidas no mercado futuro". O
objetivo do governo ao combater a valorização do real é
proteger as exportações. [ID:nN10221306]

A jornalistas, no fim da tarde, Mantega acrescentou que uma
eventual oferta de swap cambial reverso não incorreria em
perdas para o governo porque as autoridades têm "certeza" de
que não haverá valorização do real.

"Parece que o Brasil está muito, muito sério no objetivo de
frear a queda do dólar", escreveu Win Thin, chefe global de
estratégia para mercados emergentes do banco Brown Brothers
Harriman. "Mas os investidores têm tido interesse em vender
dólares quando ele supera 1,70 e 1,72 real. Será interessante
ver se essa mentalidade continua."

De acordo com Jorge Lima, consultor financeiro da corretora
Previbank, "as ações tomadas pelo Banco Central frearam a queda
do dólar". Ele fazia referência à imposição de um depósito
compulsório sobre as posições vendidas dos bancos, anunciada
pelo BC na semana passada. "A dúvida agora é se ele vai atuar
pelo Fundo Soberano." [ID:nN10262325]

O contrato FRA (forward rate agreement) de cupom cambial de
vencimento mais curto, uma indicação dos juros em dólares no
Brasil, caía a 2,05 por cento no final da tarde . A taxa
subiu a até 3,20 por cento na semana passada com os ajustes de
posição após o anúncio do compulsório. Um eventual swap reverso
provocaria uma queda do cupom cambial.

A alta do dólar foi maior pela manhã, no entanto, com a
desvalorização do euro diante da preocupação com a dívida de
Portugal. Enquanto o mercado brasileiro fechava, porém, o euro
se valorizava 0,3 por cento, recuperando-se das mínimas
em 4 meses atingidas no começo do dia.

(Edição de Nathália Ferreira)

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - O dólar fechou
praticamente estável nesta segunda-feira, com o mercado atento
à postura do governo após mais um sinal de disposição para
intervir contra a valorização do câmbio.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,688 real,
com alta de 0,12 por cento.

No Diário Oficial desta segunda-feira, o governo publicou
uma resolução que autoriza o Fundo Soberano a realizar
operações com derivativos cambiais. A medida foi vista por
especialistas como um passo prévio para possíveis leilões de
swap cambial reverso, nos quais o governo compraria dólares no
mercado futuro.

Mais cedo, em entrevista ao jornal britânico Financial
Times, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia dito que
as pessoas podem esperar "mais medidas no mercado futuro". O
objetivo do governo ao combater a valorização do real é
proteger as exportações. [ID:nN10221306]

A jornalistas, no fim da tarde, Mantega acrescentou que uma
eventual oferta de swap cambial reverso não incorreria em
perdas para o governo porque as autoridades têm "certeza" de
que não haverá valorização do real.

"Parece que o Brasil está muito, muito sério no objetivo de
frear a queda do dólar", escreveu Win Thin, chefe global de
estratégia para mercados emergentes do banco Brown Brothers
Harriman. "Mas os investidores têm tido interesse em vender
dólares quando ele supera 1,70 e 1,72 real. Será interessante
ver se essa mentalidade continua."

De acordo com Jorge Lima, consultor financeiro da corretora
Previbank, "as ações tomadas pelo Banco Central frearam a queda
do dólar". Ele fazia referência à imposição de um depósito
compulsório sobre as posições vendidas dos bancos, anunciada
pelo BC na semana passada. "A dúvida agora é se ele vai atuar
pelo Fundo Soberano." [ID:nN10262325]

O contrato FRA (forward rate agreement) de cupom cambial de
vencimento mais curto, uma indicação dos juros em dólares no
Brasil, caía a 2,05 por cento no final da tarde . A taxa
subiu a até 3,20 por cento na semana passada com os ajustes de
posição após o anúncio do compulsório. Um eventual swap reverso
provocaria uma queda do cupom cambial.

A alta do dólar foi maior pela manhã, no entanto, com a
desvalorização do euro diante da preocupação com a dívida de
Portugal. Enquanto o mercado brasileiro fechava, porém, o euro
se valorizava 0,3 por cento, recuperando-se das mínimas
em 4 meses atingidas no começo do dia.

(Edição de Nathália Ferreira)

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