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CÂMBIO-Dólar tem 1a queda em 1 semana com melhora externa

Por José de Castro SÃO PAULO, 13 de dezembro (Reuters) - O dólar fechou em baixa ante o real nesta segunda-feira, perdendo valor pela primeira vez em uma semana, à medida em que a divisa também se enfraquecia no exterior. A cotação recuou 0,82 por cento, a 1,701 real na venda. Foi a primeira desvalorização […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2010 às 15h48.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 13 de dezembro (Reuters) - O dólar fechou em
baixa ante o real nesta segunda-feira, perdendo valor pela
primeira vez em uma semana, à medida em que a divisa também se
enfraquecia no exterior.

A cotação recuou 0,82 por cento, a 1,701 real na
venda. Foi a primeira desvalorização desde o último dia 6.
Desde então, a moeda engatou três altas consecutivas,
acumulando ganhos de 1,96 por cento no período.

"O clima no mercado internacional está melhor. Maioria das
bolsas subindo e isso é um indicativo de apetite por risco. Por
isso a queda geral do dólar", afirmou Reginaldo Galhardo,
gerente de câmbio da Treviso Corretora.

No mesmo horário do fechamento local, o dólar caía 1,1 por
cento ante uma cesta de moedas , em meio aos ganhos do
euro e do iene .

Segundo operadores estrangeiros, o mercado mostrava alívio
nos temores de uma elevação do juro por parte da China, depois
que Pequim decidiu prorrogar um aumento nos depósitos
compulsórios para os maiores bancos do país.

Assim, a leitura é de que a demanda do país asiático não
será prejudicada, o que dava fôlego às commodities e a
moedas de perfil semelhante ao real, como os dólares
australiano e canadense . Como o Brasil, Austrália
e Canadá são grandes exportadores de recursos naturais.

Enquanto isso, o índice global de ações MSCI
subia mais de 1 por cento no final da tarde.

Galhardo, no entanto, ressalvou que os investidores estão
mais cautelosos em montar grandes posições, o que pode trazer
volatilidade até o final do ano.

"Esta semana o mercado vai conhecer alguns importantes
dados nos Estados Unidos. Se saírem positivos, vejo o dólar em
queda, mas se os números não agradarem, é bem provável que o
dólar possa dar uma puxada para cima", explicou.

Na terça-feira, os EUA divulgarão as vendas no varejo, os
estoques empresariais e a decisão sobre a taxa básica de juros
no país. Na quinta-feira, são esperadas o início das
construções e os pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Para Flavia Cattan-Naslausky e Siobhan Morden, analistas do
RBS Securities, a queda do dólar no curto prazo pode ser
limitada por contínuas ameaças de intervenção do governo sobre
o mercado de câmbio.

"Por outro lado, a atratividade do real como uma das mais
sólidas moedas da América Latina deve favorecer a baixa do
dólar", escreveram os profissionais em nota.

"No prazo mais longo, a moeda deve continuar em linha com
as forças do mercado."

(Edição de Nathália Ferreira)

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Por José de Castro

SÃO PAULO, 13 de dezembro (Reuters) - O dólar fechou em
baixa ante o real nesta segunda-feira, perdendo valor pela
primeira vez em uma semana, à medida em que a divisa também se
enfraquecia no exterior.

A cotação recuou 0,82 por cento, a 1,701 real na
venda. Foi a primeira desvalorização desde o último dia 6.
Desde então, a moeda engatou três altas consecutivas,
acumulando ganhos de 1,96 por cento no período.

"O clima no mercado internacional está melhor. Maioria das
bolsas subindo e isso é um indicativo de apetite por risco. Por
isso a queda geral do dólar", afirmou Reginaldo Galhardo,
gerente de câmbio da Treviso Corretora.

No mesmo horário do fechamento local, o dólar caía 1,1 por
cento ante uma cesta de moedas , em meio aos ganhos do
euro e do iene .

Segundo operadores estrangeiros, o mercado mostrava alívio
nos temores de uma elevação do juro por parte da China, depois
que Pequim decidiu prorrogar um aumento nos depósitos
compulsórios para os maiores bancos do país.

Assim, a leitura é de que a demanda do país asiático não
será prejudicada, o que dava fôlego às commodities e a
moedas de perfil semelhante ao real, como os dólares
australiano e canadense . Como o Brasil, Austrália
e Canadá são grandes exportadores de recursos naturais.

Enquanto isso, o índice global de ações MSCI
subia mais de 1 por cento no final da tarde.

Galhardo, no entanto, ressalvou que os investidores estão
mais cautelosos em montar grandes posições, o que pode trazer
volatilidade até o final do ano.

"Esta semana o mercado vai conhecer alguns importantes
dados nos Estados Unidos. Se saírem positivos, vejo o dólar em
queda, mas se os números não agradarem, é bem provável que o
dólar possa dar uma puxada para cima", explicou.

Na terça-feira, os EUA divulgarão as vendas no varejo, os
estoques empresariais e a decisão sobre a taxa básica de juros
no país. Na quinta-feira, são esperadas o início das
construções e os pedidos semanais de auxílio-desemprego.

Para Flavia Cattan-Naslausky e Siobhan Morden, analistas do
RBS Securities, a queda do dólar no curto prazo pode ser
limitada por contínuas ameaças de intervenção do governo sobre
o mercado de câmbio.

"Por outro lado, a atratividade do real como uma das mais
sólidas moedas da América Latina deve favorecer a baixa do
dólar", escreveram os profissionais em nota.

"No prazo mais longo, a moeda deve continuar em linha com
as forças do mercado."

(Edição de Nathália Ferreira)

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