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CÂMBIO-Dólar monitora tensão externa e se firma em R$1,70

SÃO PAULO, 15 de dezembro (Reuters) - O dólar opera praticamente travado na marca de 1,70 real nesta quarta-feira, monitorando o ambiente um pouco mais tenso no exterior, depois que a Moody's alertou a Espanha de que pode rebaixar o rating soberano do país. A agência de classificação de risco disse que colocou a Espanha […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 10h08.

SÃO PAULO, 15 de dezembro (Reuters) - O dólar opera
praticamente travado na marca de 1,70 real nesta quarta-feira,
monitorando o ambiente um pouco mais tenso no exterior, depois
que a Moody's alertou a Espanha de que pode rebaixar o rating
soberano do país.

A agência de classificação de risco disse que colocou a
Espanha em revisão para uma possível redução na avaliação de
crédito, devido às elevadas necessidades de financiamento do
país, dúvidas sobre seu setor bancário e preocupações sobre as
finanças regionais.

A agência, contudo, afirmou que não acredita que a
solvência da Espanha esteja sob ameaça.

"A nota da Moody's não é tão dura quanto as demais sobre
outros países; a agência acha que o país é plenamente solvente.
O euro não está sofrendo muito, então isso talvez já estivesse
precificado", comentou Jorge Lima, consultor financeiro da
Previbank DTVM.

Ainda que o alerta da Moody's não tenha sido tão duro, a
possibilidade de um rebaixamento reforça a preocupação dos
investidores com a situação fiscal dos países na Europa.

A decisão do Federal Reserve na véspera de manter o juro e
reafirmar o montante de compra de bônus, de 600 bilhões de
dólares, já era esperada pelo mercado. Mas, como o banco
central norte-americano ponderou que a recuperação da economia
dos EUA ainda não é forte o suficiente para reduzir o
desemprego, os investidores preferem evitar ativos mais
arriscados nesta quarta-feira.

Às 11h06 (de Brasília), o dólar era negociado a 1,699 real
na ponta de venda, em alta de 0,24 por cento . Contra uma
cesta de moedas, a divisa exibia avanço de 0,14 por cento
. O euro, por sua vez, recuava 0,06 por cento, para
1,3374 dólar .

"Aqui o dólar está bem comportado e essa alta pode não se
manter. Por outro lado, o nível de 1,70 real está fazendo um
piso no mercado... que fica temeroso em derrubar muito abaixo
disso", comentou Lima.

O Banco Central realizou apenas um leilão de compra de
dólares nos últimos pregões, mas as "atuações verbais" das
autoridades brasileiras ajudam a criar um piso no mercado,
acrescentou o consultor.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
disse que o governo está pronto para evitar valorizações
excessivas do real, inclusive por meio da adoção de novas
medidas.

Ao longo do pregão, o foco recai sobre os indicadores
norte-americanos, como o índice de preços ao consumidor, o
índice de atividade Empire State, o fluxo de capital e a
produção industrial.

"Eventuais indicadores de atividade nos EUA dentro do
esperado no dia poderão amenizar o mau humor dos investidores
globais. Se for este o caso, o dólar deve subir um pouco mais,
principalmente em relação ao euro", afirmou Miriam Tavares,
diretora de câmbio da AGK Corretora, em nota.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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SÃO PAULO, 15 de dezembro (Reuters) - O dólar opera
praticamente travado na marca de 1,70 real nesta quarta-feira,
monitorando o ambiente um pouco mais tenso no exterior, depois
que a Moody's alertou a Espanha de que pode rebaixar o rating
soberano do país.

A agência de classificação de risco disse que colocou a
Espanha em revisão para uma possível redução na avaliação de
crédito, devido às elevadas necessidades de financiamento do
país, dúvidas sobre seu setor bancário e preocupações sobre as
finanças regionais.

A agência, contudo, afirmou que não acredita que a
solvência da Espanha esteja sob ameaça.

"A nota da Moody's não é tão dura quanto as demais sobre
outros países; a agência acha que o país é plenamente solvente.
O euro não está sofrendo muito, então isso talvez já estivesse
precificado", comentou Jorge Lima, consultor financeiro da
Previbank DTVM.

Ainda que o alerta da Moody's não tenha sido tão duro, a
possibilidade de um rebaixamento reforça a preocupação dos
investidores com a situação fiscal dos países na Europa.

A decisão do Federal Reserve na véspera de manter o juro e
reafirmar o montante de compra de bônus, de 600 bilhões de
dólares, já era esperada pelo mercado. Mas, como o banco
central norte-americano ponderou que a recuperação da economia
dos EUA ainda não é forte o suficiente para reduzir o
desemprego, os investidores preferem evitar ativos mais
arriscados nesta quarta-feira.

Às 11h06 (de Brasília), o dólar era negociado a 1,699 real
na ponta de venda, em alta de 0,24 por cento . Contra uma
cesta de moedas, a divisa exibia avanço de 0,14 por cento
. O euro, por sua vez, recuava 0,06 por cento, para
1,3374 dólar .

"Aqui o dólar está bem comportado e essa alta pode não se
manter. Por outro lado, o nível de 1,70 real está fazendo um
piso no mercado... que fica temeroso em derrubar muito abaixo
disso", comentou Lima.

O Banco Central realizou apenas um leilão de compra de
dólares nos últimos pregões, mas as "atuações verbais" das
autoridades brasileiras ajudam a criar um piso no mercado,
acrescentou o consultor.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
disse que o governo está pronto para evitar valorizações
excessivas do real, inclusive por meio da adoção de novas
medidas.

Ao longo do pregão, o foco recai sobre os indicadores
norte-americanos, como o índice de preços ao consumidor, o
índice de atividade Empire State, o fluxo de capital e a
produção industrial.

"Eventuais indicadores de atividade nos EUA dentro do
esperado no dia poderão amenizar o mau humor dos investidores
globais. Se for este o caso, o dólar deve subir um pouco mais,
principalmente em relação ao euro", afirmou Miriam Tavares,
diretora de câmbio da AGK Corretora, em nota.

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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