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Dólar fecha estável ante real com cautela externa e BC

A cotação terminou a 1,682 real na venda, após na mínima ceder a 1,669, em queda de 0,77 por cento

Notas de dólar (Patrick Lin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 16h54.

São Paulo - O dólar fechou estável ante o real nesta terça-feira, anulando a queda observada ao longo do dia, em meio à reversão da moeda no exterior e ao retorno da intervenção dupla no mercado de câmbio por parte do Banco Central.

A cotação terminou a 1,682 real na venda, após na mínima ceder a 1,669, em queda de 0,77 por cento. Ante uma cesta de divisas, o dólar subia 0,3 por cento, com o euro abandonando os ganhos ao longo do dia e mostrando estabilidade.

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"O mercado logo cedo estava bem colado no exterior. Depois lá fora virou e contaminou aqui. Foi somente isso, além do fato de o BC fazer dois leilões hoje", disse Ovídio Soares, operador da Interbolsa do Brasil.

Pela manhã, o otimismo com a aprovação de um projeto orçamentário mais austero por parte do governo irlandês permitiu a alta do euro e de moedas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano e a coroa norueguesa .

Mas no final da tarde prevaleciam as incertezas sobre a capacidade da União Europeia (UE) de evitar o contágio de problemas de dívida entre países do bloco. Além disso, operadores no exterior citavam a alta nos rendimentos dos Treausuries como outro fator que oferecia suporte ao dólar.

Quando as operações locais se encerravam, o juro do Treasury de 10 anos , referência do mercado, subia a 3,1276 por cento, perto da máxima desde a metade de julho.

"Acho que o vendido de hoje está com medo que já 'stopou' algumas vendas. Acho que o fato do BC voltar a fazer dois leilões está colocando pilha no vendido (para zerar posição), e ele fica com medo de o BC anunciar algo", acrescentou Soares, da Interbolsa do Brasil.

A autoridade monetária fez dois leilões de compra de dólares no mercado à vista pela primeira vez desde 10 de novembro. As expectativas para um novo reforço nas compras diárias se intensificaram depois que a cotação fechou na semana passada abaixo de 1,70 real, nível considerado como piso técnico e psicológico por alguns do mercado.

"Esperamos que a volatilidade permaneça em níveis estáveis, abaixo da implícita pelas forças contrárias do mercado e das autoridades", escreveram os analistas do Nomura, em relatório.

"Mesmo que o real esteja extremamente forte em termos reais, a moeda tem sido amparada por um contínuo aumento nos preços de exportação em relação aos de importação, bem como de algumas das mais altas taxas de juros do mundo. Não esperamos que essas condições mudem materialmente em 2011."

(Edição de Aluísio Alves)

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