Dólar fecha em baixa ante real com recuperação do euro
Moeda americana fechou com queda de 0,3%; "O euro hoje está mais forte que o dólar" disse analista
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 16h37.
São Paulo - O mercado de câmbio acompanhou o fortalecimento do euro e das commodities e fechou com queda do dólar nesta terça-feira, em meio à ausência do Banco Central, por ora, das operações no mercado futuro.</p>
A moeda norte-americana recuou 0,30 por cento, a 1,678 real.
Enquanto o mercado brasileiro fechava, o dólar caía 0,36 por cento em relação a uma cesta com as principais moedas <.DXY>, com destaque para o euro , que rondava a marca de 1,34 dólar. O índice Reuters-Jefferies de commodities <.CRB> tinha alta de 0,36 por cento.
A subida do euro ocorreu após o índice de confiança do investidor alemão avançar ao maior patamar em seis meses. Parte do movimento também foi atribuído ao aumento da demanda pela moeda no Oriente Médio e na Rússia. [ID:nN18112296]
"O euro hoje está mais forte que o dólar. Só aí o mercado precisa fazer um ajuste", disse José Carlos Amado, operador da corretora Renascença. "E, queira ou não, tem o fluxo (de entrada de dólares)".
Entre as operações de captação de recursos anunciadas nesta terça-feira, a Petrobras prepara a emissão de títulos em dólares de cinco, dez e 30 anos. [ID:nN18223481]
Além disso, ofertas de ações em preparação na Bovespa --Arezzo, Tecnisa , Direcional e Sonae Sierra-- devem movimentar cerca de 2 bilhões de reais nas próximas semanas.
Os dados mais recentes sobre o fluxo de câmbio, referentes à primeira semana do mês, indicavam a entrada de pouco mais de 4 bilhões de dólares. [ID:nN12197404] O Banco Central atualiza os números na quarta-feira.
Enquanto o dólar caía, a principal dúvida no mercado era sobre a possibilidade de novas intervenções do BC por meio da oferta de swaps cambiais reversos. A operação, que funciona como uma compra de dólar futuro pelo BC, foi feita na sexta-feira pela primeira vez em quase dois anos e operadores tinham expectativa de que fosse repetida nesta terça.
A intervenção do BC nesta sessão se restringiu à compra de dólares por meio de dois leilões no mercado à vista. Foi a primeira atuação dupla desde 6 de janeiro.