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CÂMBIO-BC faz dois leilões, mas dólar cai à mínima em 9 meses

(Texto atualizado com mais detalhes e comentários de profissional do mercado) Por José de Castro SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - O dólar terminou a semana na menor cotação em nove meses, marcando a oitava baixa seguida frente ao real, em meio ao ambiente mais favorável ao risco no exterior. A moeda norte-americana caiu […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2010 às 14h19.

(Texto atualizado com mais detalhes e comentários de
profissional do mercado)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - O dólar terminou a
semana na menor cotação em nove meses, marcando a oitava baixa
seguida frente ao real, em meio ao ambiente mais favorável ao
risco no exterior.

A moeda norte-americana caiu 0,17 por cento, a 1,720
real na venda, mesmo com dois leilões de compra de dólar no
mercado à vista feitos pelo Banco Central. Esta foi a terceira
sessão consecutiva em que o BC atuou duas vezes.

"O mercado lá fora está com apetite por risco, e isso foi
mais forte que os leilões", disse o operador de uma corretora
paulista, que pediu anonimato.

Mesmo com a agenda fraca, o viés nos mercados externos era
favorável a ativos considerados de mais risco, com redução dos
temores de uma nova recessão global.

Dados na China ampararam tal visão. As importações do país
saltaram 35,2 por cento em agosto sobre o mesmo período do ano
anterior, superando a alta de 22,7 por cento de julho e as
previsões de 26,1 por cento no mercado [ID:nN10242719].

A reação de investidores foi positiva, principalmente
porque o número indica fortalecimento da demanda chinesa,
considerada um dos principais motores do crescimento global.

Assim, as bolsas de valores nos Estados Unidos subiram,
mesmo movimento das commodities e do euro . Moedas
de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano e
o canadense , se valorizaram.

A sequência de quedas do dólar no mercado doméstico, a
maior desde junho do ano passado, ocorreu mesmo com as compras
duplas de dólar pelo Banco Central. Segundo profissionais do
mercado, a perspectiva de ingressos de recursos tem
prevalecido.

"A gente até esperava que o BC atuasse mais fortemente,
comprando mais. Mas os dados lá fora têm vindo melhores e desse
jeito está difícil o dólar cair", acrescentou o operador.

Analistas do BNP Paribas no Brasil apontaram, em relatório,
que "o diferencial no crescimento e o 'carry trade' favorável
são dois elementos que amparam essa visão" de força do real.

(Edição de Daniela Machado)

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(Texto atualizado com mais detalhes e comentários de
profissional do mercado)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - O dólar terminou a
semana na menor cotação em nove meses, marcando a oitava baixa
seguida frente ao real, em meio ao ambiente mais favorável ao
risco no exterior.

A moeda norte-americana caiu 0,17 por cento, a 1,720
real na venda, mesmo com dois leilões de compra de dólar no
mercado à vista feitos pelo Banco Central. Esta foi a terceira
sessão consecutiva em que o BC atuou duas vezes.

"O mercado lá fora está com apetite por risco, e isso foi
mais forte que os leilões", disse o operador de uma corretora
paulista, que pediu anonimato.

Mesmo com a agenda fraca, o viés nos mercados externos era
favorável a ativos considerados de mais risco, com redução dos
temores de uma nova recessão global.

Dados na China ampararam tal visão. As importações do país
saltaram 35,2 por cento em agosto sobre o mesmo período do ano
anterior, superando a alta de 22,7 por cento de julho e as
previsões de 26,1 por cento no mercado [ID:nN10242719].

A reação de investidores foi positiva, principalmente
porque o número indica fortalecimento da demanda chinesa,
considerada um dos principais motores do crescimento global.

Assim, as bolsas de valores nos Estados Unidos subiram,
mesmo movimento das commodities e do euro . Moedas
de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano e
o canadense , se valorizaram.

A sequência de quedas do dólar no mercado doméstico, a
maior desde junho do ano passado, ocorreu mesmo com as compras
duplas de dólar pelo Banco Central. Segundo profissionais do
mercado, a perspectiva de ingressos de recursos tem
prevalecido.

"A gente até esperava que o BC atuasse mais fortemente,
comprando mais. Mas os dados lá fora têm vindo melhores e desse
jeito está difícil o dólar cair", acrescentou o operador.

Analistas do BNP Paribas no Brasil apontaram, em relatório,
que "o diferencial no crescimento e o 'carry trade' favorável
são dois elementos que amparam essa visão" de força do real.

(Edição de Daniela Machado)

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