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Brasil é o 8º maior mercado de juros do mundo, diz BIS

O país tem uma posição de liderança entre todos os países emergentes


	Reais e dólares: segundo a pesquisa, são negociados US$ 16 bilhões por dia em contratos de taxas de juros atrelados ao real brasileiro no mercado de balcão
 (Bruno Domingos/Reuters)

Reais e dólares: segundo a pesquisa, são negociados US$ 16 bilhões por dia em contratos de taxas de juros atrelados ao real brasileiro no mercado de balcão (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 11h08.

Basileia, Suíça - Ao contrário da discreta posição de 19º maior mercado de câmbio do mundo, o Brasil ocupa um lugar importante no mercado de juros.

Pesquisa realizada a cada três anos pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) mostra que o mercado de juros de balcão do Brasil é o oitavo maior do mundo, o que dá ao País a posição de liderança entre todos os países emergentes.

Segundo a pesquisa, são negociados US$ 16 bilhões por dia em contratos de taxas de juros atrelados ao real brasileiro no mercado de balcão, o chamado OTC Market em inglês. Apesar de estar bem posicionado, o giro equivale a apenas 0,7% do mercado mundial, que negocia US$ 2,343 trilhões diários.

A pesquisa trienal do BIS mostra que o giro médio do mercado de juros brasileiro cresceu fortemente nos últimos anos. Em abril de 2013, a média de US$ 16 bilhões foi 450% maior que os US$ 3 bilhões observados em 2010.

O ritmo de crescimento foi bem maior que a média mundial de 14% no mesmo período. Outros mercados emergentes, porém, também cresceram com força. O mercado de juros na China viu o giro diário saltar 652% no período. Na Polônia, o volume aumentou 429%.

Entre os maiores mercados de juros do mundo, os negócios com o euro lideram e têm US$ 1,146 trilhão em negócios por dia - ou 48,9% do mercado. Em seguida, o dólar tem 28% dos negócios.

O ranking dos principais mercados de juros do mundo têm também a libra esterlina (7,9% do giro diário), o dólar australiano (3,2%), o iene japonês (2,9%), a coroa sueca (1,5%) e o dólar canadense (1,2%). Atrás, mas bem perto do tamanho do mercado brasileiro, o mercado de juros relacionado com o rand sul-africano tem 0,68% do giro mundo, o yuan chinês acumula 0,62% e o peso mexicano, 0,41%.

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