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“Brasil de Vale e Petrobras ficou para trás", diz Fator

Corretora do Banco Fator afirma que o novo cenário brasileiro deverá apresentar mais oportunidades para ações menores

Plataforma da Petrobras: chega de ações grandes; para Fator o segredo está em saber procurar oportunidades em ações de empresas menores (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 14h00.

São Paulo - Entender o surgimento de “um novo Brasil” é a chave para ter sucesso na bolsa em 2013. Essa é a premissa adotada pela equipe de análise da corretora do Banco Fator na construção de seu guia de recomendações “Perspectivas e Estratégias 2013”.

Nesse novo cenário, o segredo está em saber procurar oportunidades em ações de empresas menores. “O Brasil de Vale e Petrobras ficou para trás”, afirma o estrategista da corretora, Paulo Gala.

Atualmente a equipe de análise, auxiliada por Gala e liderada pelo economista Daniel Utsch, cobre 77 empresas, as quais são avaliadas no guia de recomendações recém-publicado.

Todas elas são empresas cujas ações negociam volumes menores na bolsa. Elas têm ainda em comum o fato de estarem bem menos expostas ao instável cenário econômico internacional e às intempéries de um governo com vocação para intervenção.

Essas empresas, dentre as quais ainda há “ótimas oportunidades” para os investidores, segundo Gala, têm sua atividade mais voltada ao mercado interno. “No setor de petróleo, há o problema com o reajuste dos preços da gasolina”, diz o estrategista.

No setor elétrico, explica Gala, a volatilidade aumentou muito por causa da intervenção do governo. “E as ‘empresas X’ (do grupo EBX, holding do empresário Eike Batista) apresentam problemas sucessivos desde que abriram o capital”, afirma.

Além dos problemas citados, que tornam o investimento em ações de grandes empresas menos atrativo, por ora, há ainda a questão do cenário externo. “No mundo desenvolvido, só os EUA recuperaram o nível de atividade pré-crise”, diz Gala. A China, segundo ele, é uma incógnita.


Embora seu crescimento econômico ainda supere os 8,5% ao ano, é difícil saber até quando essa fase vai durar. Na Europa, as incertezas políticas e, sobretudo, as relacionadas à política fiscal deixam sérias dúvidas sobre a recuperação do continente. Na visão do estrategista, a economia da zona do euro deve encolher novamente em 2013.

Novo Brasil

Embora não seja fácil, Gala afirma que é possível encontrar na bolsa brasileira empresas com boas histórias e que ainda tenham potencial de valorização. “Nosso cenário-base é o do novo Brasil”, afirma.

“A nova classe média cada vez maior, a revolução do crédito e da renda fixa e as desonerações, concessões e investimentos promovidos pelo governo fazem parte do contexto em que essas oportunidades estão inseridas.”

De acordo com o estrategista, a realidade de queda do desemprego e o aumento expressivo na criação de empregos formais e da massa salarial compõem o ambiente do qual fazem parte os setores com as melhores oportunidades. “Embora isso ainda vá demorar, caminhamos na direção de uma sociedade de consumo de massa”, afirma.

Entre os setores mais beneficiados por essa conjuntura descrita por Gala, alguns dos preferidos da corretora para investir são educação, alimentos, varejo, shoppings, saúde e seguros.

Em cada um deles há empresas que têm pego carona no aumento da renda média da população e na expansão de serviços que há pouco tempo tinham baixa penetração na população, como o de educação (especificamente ensino superior) e seguros.

Confira as oportunidades destacadas pela Fator Corretora.

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São Paulo - Entender o surgimento de “um novo Brasil” é a chave para ter sucesso na bolsa em 2013. Essa é a premissa adotada pela equipe de análise da corretora do Banco Fator na construção de seu guia de recomendações “Perspectivas e Estratégias 2013”.

Nesse novo cenário, o segredo está em saber procurar oportunidades em ações de empresas menores. “O Brasil de Vale e Petrobras ficou para trás”, afirma o estrategista da corretora, Paulo Gala.

Atualmente a equipe de análise, auxiliada por Gala e liderada pelo economista Daniel Utsch, cobre 77 empresas, as quais são avaliadas no guia de recomendações recém-publicado.

Todas elas são empresas cujas ações negociam volumes menores na bolsa. Elas têm ainda em comum o fato de estarem bem menos expostas ao instável cenário econômico internacional e às intempéries de um governo com vocação para intervenção.

Essas empresas, dentre as quais ainda há “ótimas oportunidades” para os investidores, segundo Gala, têm sua atividade mais voltada ao mercado interno. “No setor de petróleo, há o problema com o reajuste dos preços da gasolina”, diz o estrategista.

No setor elétrico, explica Gala, a volatilidade aumentou muito por causa da intervenção do governo. “E as ‘empresas X’ (do grupo EBX, holding do empresário Eike Batista) apresentam problemas sucessivos desde que abriram o capital”, afirma.

Além dos problemas citados, que tornam o investimento em ações de grandes empresas menos atrativo, por ora, há ainda a questão do cenário externo. “No mundo desenvolvido, só os EUA recuperaram o nível de atividade pré-crise”, diz Gala. A China, segundo ele, é uma incógnita.


Embora seu crescimento econômico ainda supere os 8,5% ao ano, é difícil saber até quando essa fase vai durar. Na Europa, as incertezas políticas e, sobretudo, as relacionadas à política fiscal deixam sérias dúvidas sobre a recuperação do continente. Na visão do estrategista, a economia da zona do euro deve encolher novamente em 2013.

Novo Brasil

Embora não seja fácil, Gala afirma que é possível encontrar na bolsa brasileira empresas com boas histórias e que ainda tenham potencial de valorização. “Nosso cenário-base é o do novo Brasil”, afirma.

“A nova classe média cada vez maior, a revolução do crédito e da renda fixa e as desonerações, concessões e investimentos promovidos pelo governo fazem parte do contexto em que essas oportunidades estão inseridas.”

De acordo com o estrategista, a realidade de queda do desemprego e o aumento expressivo na criação de empregos formais e da massa salarial compõem o ambiente do qual fazem parte os setores com as melhores oportunidades. “Embora isso ainda vá demorar, caminhamos na direção de uma sociedade de consumo de massa”, afirma.

Entre os setores mais beneficiados por essa conjuntura descrita por Gala, alguns dos preferidos da corretora para investir são educação, alimentos, varejo, shoppings, saúde e seguros.

Em cada um deles há empresas que têm pego carona no aumento da renda média da população e na expansão de serviços que há pouco tempo tinham baixa penetração na população, como o de educação (especificamente ensino superior) e seguros.

Confira as oportunidades destacadas pela Fator Corretora.

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