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Bovespa sobe na abertura e retoma nível dos 70 mil pontos

Recuperação do preço das commodities e sinalização de que a China não deve aumentar os juros influenciam a alta; expectativa é sobre ajuda à Irlanda

A ajuda à Irlanda pode ser definida ainda hoje (Peter Muhly/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 12h03.

São Paulo - Depois de interromper uma sequência de cinco quedas seguidas e fechar em alta ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pode repetir os ganhos hoje. Porém, o movimento dependerá do fluxo financeiro do dia.

Com a agenda esvaziada no Brasil, o mercado se volta para o encontro entre representantes da Irlanda, da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para discutir um pacote de socorro ao país europeu. A expectativa é de que o país aceite uma ajuda de até 100 bilhões de euros.

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Às 11h30 horas (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) avançava 1,39%, para 70.619 pontos.

Uma possível recuperação no preço das commodities também promete dar sustentação para a Bolsa. Isso porque o governo chinês afirmou que pode tomar medidas administrativas para conter a alta dos preços, dando a entender que uma elevação dos juros não deve ocorrer no curtíssimo prazo e esfriando os temores em relação a uma queda abrupta da demanda por matérias-primas.

Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,9%.

Segundo o economista-chefe da SLW, Pedro Galdi, a tendência de recuperação dos preços do petróleo e dos metais ajudará os negócios no Brasil. "As commodities subindo favorecem a nossa Bolsa", afirma.

Além da alta do petróleo, as ações da Petrobras podem ser favorecidas por um relatório do Morgan Stanley que recomenda a compra dos papéis da petrolífera, indicando um prêmio potencial ante a cotação atual das ações.

Na Europa, o ministro de Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, disse que a reunião de hoje representa um "engajamento intensivo" do país com parceiros da UE para discutir os melhores meios para dar suporte ao sistema bancário irlandês.

Hoje o presidente do Banco Central da Irlanda (ICB), Patrick Honohan, afirmou que o país terá de aceitar um empréstimo de "bilhões" de euros após o encontro de hoje. O governo irlandês, no entanto, prefere uma solução com foco no setor bancário, ao invés de todo o remédio amargo que vem junto com um socorro mais abrangente.

"O mercado estará de olho na reunião entre UE, FMI e Irlanda. Se a negociação tiver sucesso, o mercado se anima um pouco mais", avalia Galdi. Para o economista-chefe da SLW, o fluxo financeiro na Bolsa brasileira deve depender da evolução dessa negociação.

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