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Bovespa sobe 1,85% e recupera os 60 mil pontos

Com base em dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,71 %, aos 60.679 pontos, em sessão que teve ainda vencimento de opções sobre o Ibovespa

Bovespa: o giro financeiro era de 9,3 bilhões de reais (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 18h14.

Última atualização em 16 de novembro de 2016 às 20h14.

São Paulo O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, recuperando o patamar dos 60 mil pontos, com impulso das ações da Petrobras e de bancos, em sessão com ajuste ao movimento de ADRs na véspera, quando o pregão local não operou devido ao feriado no Brasil.

O Ibovespa subiu 1,85 por cento, aos 60.759 pontos, tendo avançado mais de 2 por cento no melhor momento do dia e caído 0,5 por cento na mínima.

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O volume financeiro somou 12,2 bilhões de reais, acima da média diária para novembro até o pregão anterior, de 10,7 bilhões de reais. O pregão foi marcado ainda pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, que movimentou 1,034 bilhão de reais, com 16.700 contratos negociados, informou a BM&FBovespa.

O ajuste ao desempenho positivo da véspera se sobrepôs ao movimento mais fraco em Wall Street nesta sessão. Na véspera, o bom humor nos mercados internacionais foi impulsionado pela alta nos preços do petróleo, que subiram quase 6 por cento.

A alta neste pregão, no entanto, não significa ainda a retomada do viés positivo que vinha guiando os negócios no mercado acionário brasileiro antes da eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. Operadores veem que a volatilidade deve continuar permeando os negócios até que se tenha mais clareza sobre as políticas que serão adotadas por Trump e seus potenciais efeitos no Brasil.

No front local, o Banco Central aumentou a intervenção no mercado de câmbio e o Tesouro Nacional anunciou programa diário para compra de títulos após a intensa volatilidade recente. Com isso, o dólar interrompeu quatro sessões de alta sobre o real e as taxas de juros futuros de longo prazo fecharam com fortes quedas.

Destaques

-Petrobras PN subiu 5,29 por cento e Petrobras ON avançou 4,18 por cento, ajustando-se à alta dos ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) na véspera. Também no radar estavam as declarações do presidente da petrolífera, Pedro Parente, que disse em evento em Nova York na véspera que a empresa permanecerá fiel à meta de desinvestir 15,1 bilhões de dólares até o fim deste ano.

-JBS teve alta de 2,8 por cento, após a empresa dizer que espera elevação de margens e redução de endividamento em 2017 e divulgar o resultado trimestral, que mostrou queda de 74 por cento no lucro.

-Itaú Unibanco subiu 4,94 por cento e exerceu a maior pressão de alta para o Ibovespa, recuperando parte das perdas acumuladas nos quatro pregões após a eleição de Trump, de quase 10 por cento.

-Banco do Brasil avançou 6,47 por cento, acelerando o movimento de recuperação iniciado na segunda-feira, depois de cair 16 por cento em três pregões.

-Natura subiu 1,61 por cento, em sessão de alguma volatilidade para os papéis, que caíram 1,65 por cento na mínima da sessão. No radar estava a notícia que a fabricante de cosméticos vai encerrar o canal de venda direta na França, com analistas da Brasil Plural vendo chances de a empresa voltar mais o foco para a renovação das operações no Brasil.

-Vale PNA caiu 7,36 por cento e Vale ON perdeu 4,95 por cento, ajustando-se à baixa na véspera dos ADRs da companhia e em nova sessão de queda nos preços do minério de ferro.

O movimento também mostra um ajuste após as altas recentes que levaram as ações PNA da mineradora a acumularem alta de quase 20 por cento no mês até o pregão de segunda-feira.

-Usiminas PNA teve desvalorização de 6,16 por cento, em sessão marcada por queda nas commodities metálicas. Gerdau PN caiu 5,62 por cento.

- PDG Realty , que não está no Ibovespa, caiu 17,43 por cento, a sexta queda consecutiva, após divulgação de resultado trimestral com expressivo aumento do prejuízo líquido.

Como pano de fundo também estava a preocupação de analistas do setor sobre eventual pedido de recuperação judicial da construtora.

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